Com os olhos e ouvidos de todo o país voltados para mais uma tragédia envolvendo ataques a escolas, voltou com força o debate sobre como garantir que crianças, jovens, professores e funcionários de instituições de ensino tenham segurança no local de estudo e trabalho.

Na segunda-feira (19), um jovem de 21 anos entrou armado no Colégio Estadual Helena Kolody, em Cambé, na Região Metropolitana de Londrina, e disparou contra estudantes. Dois adolescentes, que estavam no pátio, perto de uma mesa de pingue-pongue, foram baleados. Karoline Alves, 17, morreu no local. E seu namorado, Luan Augusto, 16, foi internado no HU (Hospital Universitário) de Londrina, onde faleceu no dia seguinte.

Em Londrina, a Câmara Municipal fez tramitar com urgência o projeto de lei 76/2023 – que determina a presença de ao menos um guarda municipal em todas as escolas e centros de educação infantil diretamente administrados pela Prefeitura de Londrina. A matéria foi aprovada na madrugada de quarta-feira (21).

Após aprovação em segunda discussão, ocorrida nesta quinta (22), o projeto seguirá para sanção do prefeito e acredita-se que vai se tornar lei o mais rápido possível.

A sociedade espera respostas rápidas e é claro que é necessário reconsiderar o que hoje é uma escola segura. A presença de guardas municipais nas unidades de ensino pode ser um mecanismo para coibir a entrada nas escolas dos chamados "lobos solitários", aqueles extremistas que atuam sozinhos?

Deter esse tipo de criminoso é um desafio para as autoridades de segurança diante das dificuldades de monitorar e identificar um possível autor de ataque que tem intenção de provocar mortes em massa.

Trata-se de uma medida protetiva e só colocando-a em prática será possível saber a sua eficiência ou não. Mas é importante unir medidas preventivas, como ações de saúde mental, disciplinas ou atividades multidisciplinares que conscientizem para problemas como o bullying, por exemplo.

É preciso discutir as diversas razões que estão por trás do aumento de atentados em escolas. A resposta pode estar com especialistas na área de segurança e também com as famílias, com a comunidade escolar e com autoridades das áreas pedagógicas, psicológicas e sociais.

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