EDITORIAL: Os concursos e o hábito de ler jornal
O hábito de se informar por meio de veículos profissionais de comunicação auxilia a compreender o contexto das questões
PUBLICAÇÃO
terça-feira, 20 de agosto de 2024
O hábito de se informar por meio de veículos profissionais de comunicação auxilia a compreender o contexto das questões
Folha de Londrina
O CNU (Concurso Nacional Unificado), realizado no último domingo (18), foi marcado pela grandiosidade no número de inscritos e na logística da aplicação da prova. Mas acabou sendo notado também pelo elevado índice de abstenção, com 50% dos 2,1 milhões de matriculados ausentes do processo. Em entrevista no domingo mesmo, depois das provas, a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, reconheceu a alta abstenção, mas apontou que o número está dentro do esperado para concursos públicos no Brasil.
Apesar da abstenção elevada, o CNU, que foi batizado de "Enem dos concursos", devido ao seu formato e abrangência, ocorreu sem grandes problemas. Trata-se do maior concurso da história do país, realizado em 228 cidades e envolvendo mais de 3.600 locais de prova, um marco na seleção para 6.640 vagas em 21 órgãos federais.
Os candidatos, principalmente os concurseiros acostumados a provas mais conteudistas, consideraram as questões do CNU mais acessíveis do que de outros concursos de grande porte. As questões interpretativas e ligadas a temas atuais evidencia a importância de os concorrentes estarem bem informados, algo que a leitura de jornais proporciona de maneira efetiva.
O hábito de se informar por meio de veículos profissionais de comunicação auxilia a compreender o contexto das questões e a desenvolver a capacidade de interpretação crítica, essencial em provas desse tipo.
E a leitura regular de jornais pode ser uma poderosa ferramenta de preparação para concursos como o CNU. Isso porque o candidato amplia seu repertório cultural, familiariza-se com os temas que frequentemente aparecem nas provas e desenvolve a capacidade de argumentação, uma habilidade fundamental em questões dissertativas. O CNU, por exemplo, cobrou textos sobre questão indígena, sistema carcerário, mudança climática e segurança da mulher no trabalho.
O CNU marcou uma mudança significativa na organização dos concursos no Brasil, apontando para uma preparação mais abrangente, que vai além dos conteúdos tradicionais e prima pelo hábito de estar bem informado sobre o Brasil e o mundo.
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