Embora alguns acreditem que o feriado de 12 de outubro deve-se ao Dia das Crianças, a reverência é destinada a homenagear Nossa Senhora Aparecida, santa considerada padroeira do Brasil.

Nossa Senhora Aparecida é o nome que foi dada a uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, feita de terracota, 36 centímetros de altura e 2,5 quilos, que teria sido encontrada em outubro de 1717 por três pescadores no Rio Paraíba do Sul em São Paulo.

O episódio, 306 anos atrás, foi considerado um milagre. Os três pescadores recolheram na rede primeiro o corpo da imagem e depois a cabeça. Os homens que antes de encontrar a imagem não tinham pescado nada, encheram as redes. Foi o primeiro milagre da santa, que como foi "aparecida", ganhou o nome de Nossa Senhora Aparecida.

No Brasil, a celebração do Dia da Padroeira levou ao Santuário em Aparecida, no mesmo do Vale do Paraíba onde as imagens foram encontradas, cerca de 250 mil pessoas, segundo estimativa do governo daquele estado.

Em Londrina, desde a meia-noite de quinta-feira (12), centenas de romeiros passaram pelo Santuário Nossa Senhora Aparecida, localizado na vila Nova.

Durante todo o dia, de hora em hora, foram celebradas missas em homenagem a uma das santas de maior devoção entre os católicos, um ícone nacional.

Se no 12 de outubro do ano passado as preocupações e orações eram dirigidas para a eleição mais polarizada no Brasil, desde a redemocratização, este ano, além de pedir por amigos e familiares, os devotos que foram aos santuários pediram por paz no mundo tumultuado por duas guerras.

“Estamos vivendo no mundo, neste momento, muitas tribulações. Climáticas, relacionais, falta de entendimento. Tudo por que falta olhar a essência e olhar Nossa Senhora na essência é olhar a humildade, olhar para aquilo que de fato importa e tenha a contribuir para que o ser humano possa de fato, ser humano”, destacou o pároco do Santuário de Londrina, padre Rodolfo Trisltz.

A mensagem do pároco não poderia ser mais acertada para o momento: “Precisamos respeitar o próximo, acolher, estar atentos às necessidades dos mais frágeis para que, assim, possamos construir uma humanidade de fé”, pregou Trisltz.