A divulgação de novos dados do Censo 2022, na sexta-feira (2), deu oportunidade para Brasil se olhar novamente no espelho.

Os dados divulgados desta vez pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) são da pesquisa Coordenadas Geográficas dos Endereços, um mapeamento completo dos mais de 111 milhões de endereços distribuídos por todo o país.

O estudo, feito com base no Censo 2022, revela que o Paraná tem 5.024.225 domicílios particulares, o sexto maior número do país, atrás de São Paulo (19,6 milhões); Minas Gerais (9,5 milhões); Rio de Janeiro (7,7 milhões); e do Rio Grande do Sul (5,3 milhões).

Ao se levar em conta a quantidade de estabelecimentos de saúde, o Paraná, com 16.498 unidades, salta para a segunda posição no ranking nacional, atrás apenas de São Paulo, que tem 56.993 endereços do gênero. Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Bahia também aparecem na faixa entre 15 e 16 mil estabelecimentos de saúde.

Os dados mostram que o Paraná tem o dobro de igrejas em comparação com escolas. Segundo o Censo 2022, são 25.152 estabelecimentos religiosos contra 12.397 unidades de ensino nos 399 municípios paranaenses.

Ponta Grossa é a cidade com mais igrejas por habitantes: uma para cada 520 moradores. Londrina, com 829 estabelecimentos religiosos, aparece em seguida, com proporção de 1 igreja para 670 habitantes. Cascavel (1 por 670); Maringá (1 por 846); e Curitiba (1 por 847) aparecem na sequência.

Essa característica é forte também no país. Os dados do IBGE mostram que o Brasil tem mais templos religiosos do que escolas e hospitais somados. De acordo com a análise, são 580 mil locais de devoção de diferentes tipos de religião contra 264,4 mil instituições de ensino e 247,5 mil unidades de saúde.

Londrina aparece no levantamento com 247.065 domicílios particulares, atrás apenas de Curitiba, que tem 788.684 endereços neste segmento. A lista das cinco cidades mais populosas do Paraná segue com Maringá (179,9 mil domicílios); Ponta Grossa (156.214); e Cascavel (146.795).

O raio x com os principais recortes da pesquisa do IBGE estão na edição deste fim de semana da FOLHA. Estamos à frente de uma ferramenta importantíssima para conhecer onde estamos e o que fazer para chegar onde gostaríamos de estar. Principalmente quando falamos de redução das desigualdades.

Com dados demográficos abrangentes, o Censo permite que políticas públicas sejam direcionadas de maneira mais precisa e que os governos desenvolvam estratégias para investir em áreas carentes de infraestrutura, saúde e educação.

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