O avanço da dengue em Londrina é realidade que preocupa as autoridades sanitárias. O sinal de alerta para a doença continua aceso em Londrina. É o que mostra o 4º LIRAa (Levantamento de Infestação do Aedes aegypti), divulgado na manhã desta quinta-feira (9) pela Secretaria Municipal de Saúde.

Os dados coletados entre os dias 16 e 20 de outubro de 2023 apontam que a infestação vetorial predial é de 2,93%, o que significa que, a cada 100 imóveis inspecionados, quase 3 apresentavam criadouros do mosquito transmissor da dengue. O número corresponde à média de todas as regiões do município e, conforme a classificação do Ministério da Saúde, o risco entomológico da cidade é de alerta. O índice considerado aceitável pelo MS é de 1%.

Nesta edição do levantamento, a área central lidera, pela primeira vez, o ranking de infestação, com 3,57%, já que, dos 1.092 imóveis inspecionados, 39 apresentavam focos do mosquito.

A zona norte aparece na sequência, com 3,45% de índice de infestação. Na região, 2.641 imóveis foram inspecionados e, desses, 91 contavam com focos do Aedes aegypti. Os terceiro, quarto e quinto lugares são ocupados, respectivamente, pelas regiões oeste (2,88% de índice), leste (2,51% de índice) e sul (2,27% de índice).

O coordenador de Endemias, Nino Medeiros Ribas, destaca, contudo, que as regiões com maior prevalência dos focos do mosquito não são, necessariamente, as áreas que mais registram casos de dengue. "O estado de alerta é para toda a cidade, não para uma região em específico, porque o mosquito já mostrou que tem se adaptado e que se desloca entre os bairros", pontua.

Conforme os dados coletados pelo 4º LIRAa, quase 100% dos criadouros de larvas e pupas do mosquito estão localizados nas residências, seja no interior das casas ou nos quintais: 91% dos focos estão presentes em objetos em desuso jogados no quintal, bem como em vasos de planta e na água da chuva que fica armazenada. Os outros 9%, por outro lado, estão em objetos dentro da própria residência.

A maneira certa de combater o Aedes aegypti é conhecida por todos e implica em não deixar que a água se acumule em objetos que podem se tornar criadouros do mosquito. Mas todos os anos a doença volta e a população precisa se conscientizar que se o poder público tem responsabilidades, entre elas desenvolver campanhas de conscientização, o cidadão é quem desempenha o maior papel na prevenção, que é zelar pela sua casa ou imóvel comercial.

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