Mais um aumento significativo no número de casos de coqueluche no Paraná, que atingiu 1.112 registros em 2024, conforme boletim da Sesa (Secretaria Estadual de Saúde), reforça um alerta que precisa de atenção urgente. Em apenas uma semana foram confirmados mais 112 novos casos. Esse cenário, somado aos seis óbitos já confirmados ou em investigação, aponta para a exigência de medidas rápidas e coordenadas para conter o avanço desta infecção respiratória grave.

De acordo com a Sesa, são três óbitos confirmados pela doença (um em Londrina e dois em Curitiba) e três em investigação (São José dos Pinhais, Quitandinha e Umuarama).

É necessário enfatizar sempre que, de caráter altamente transmissível, a coqueluche tem sua prevenção ancorada na vacinação, estratégia que, quando falha, deixa a população vulnerável, especialmente os mais jovens.

Sete municípios da 17ª Regional de Saúde de Londrina têm registros da doença: Londrina (147), Cambé (29), Bela Vista do Paraíso (8), Ibiporã (6), Assaí (5), Rolândia (3) e Pitangueiras (1).  Curitiba é o município paranaense com maior número de casos (287), seguido de Londrina e Ponta Grossa (111).

Segundo a Sesa, a coqueluche é uma infecção respiratória, transmissível e causada por bactéria. Está presente em todo o mundo. Sua principal característica são crises de tosse seca. Pode atingir, também, tranqueia e brônquios. Crianças menores de seis meses podem apresentar complicações da coqueluche que, se não tratada corretamente, pode levar à morte.

A vacinação nos primeiros meses de vida, por meio da vacina pentavalente, e o reforço com a DTP na infância são cruciais. Além disso, a recomendação da Secretaria Estadual de Saúde para que gestantes e profissionais da saúde recebam a imunização é acertada e deve ser ampliada para trabalhadores da educação e saúde que lidam diretamente com gestantes e crianças, ampliando o escudo imunológico em torno dos mais vulneráveis.

A baixa adesão vacinal, combinada à falsa sensação de segurança em relação a doenças controladas, coloca em risco o esforço coletivo de saúde pública. É necessário investir o mais rápido possível em campanhas educativas que expliquem a seriedade da coqueluche e as consequências de não se vacinar.

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