Você já deve ter ouvido falar no Relógio Climático, ou Climate Clock, que já foi tema de reportagens na Folha de Londrina. Trata-se de uma representação simbólica do tempo restante para evitar consequências irreversíveis das mudanças climáticas. Esse "relógio" exibe o tempo estimado até que as emissões globais de gases de efeito estufa atinjam um limite crítico que pode representar risco à sobrevivência da vida humana e de animais no planeta.

A função do Relógio Climático é justamente conscientizar sobre a urgência de tomar medidas para combater as mudanças climáticas. A Folha de Londrina vem frequentemente tratando, mesmo nesse espaço do editorial, sobre a urgência dos homens e mulheres mudarem hábitos e adotarem comportamentos que ajudem a reverter a situação dramática do clima.

Em julho, as entidades internacionais ligadas ao meio ambiente davam conta de que a temperatura média global foi cerca de 1,5°C mais quente do que a era pré-industrial que terminou em meados do século XIX. Esse é o limiar crítico estabelecido pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas como ponto de inflexão fundamental para o planeta. A partir desse ponto, são maiores as chances de calor extremo, inundações, secas, incêndios florestais e todas as consequências que esses eventos causam, entre eles morte e escassez de alimentos e água.

Nos últimos dias, o Brasil viveu tudo isso, com calor extremo em todo o país, incêndio no Pantanal e no domingo (19) as chuvas intensas voltaram a causar mortes e destruição nos estados de Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Na sexta-feira (17), no Rio de Janeiro, a morte de uma fã de 23 anos da cantora Taylor Swift no show da artista foi uma lembrança trágica de que o calor pode - sim - matar. Logo após o ocorrido, o ministro da Justiça, Flavio Dino, veio à público explicar medidas que a pasta tomou rapidamente para obrigar os organizadores de grandes eventos a garantirem pelo menos que o público terá locais de fácil acesso para se hidratarem e se refrescarem.

Importante que tragédias como essa não voltem a se repetir e chamem a atenção das pessoas para a necessidade do desafio global de reverter as mudanças climáticas. E isso exige ações coordenadas em níveis individual, comunitário e governamental.

Como cidadãos, devemos adotar práticas sustentáveis, como reduzir o consumo de energia, optar por meios de transporte mais eficientes e promover o uso de energias renováveis. Além disso, a conscientização sobre o impacto de nossas escolhas cotidianas é fundamental.

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