O relançamento do programa Minha Casa, Minha Vida significa mais do que reacender a esperança da casa própria a famílias de baixa renda. Ele traz otimismo e reanima o setor da construção civil em todo o país, que vinha em queda, fechando 2022 com baixa de quase 9% no número de lançamentos e de 3,2% nas vendas de unidades residenciais em relação ao ano anterior.

Com a reedição do programa, a expectativa do Sinduscon Paraná Norte (Sindicato da Indústria da Construção Civil no Norte do Paraná) é de alta de mais de 20% nos lançamentos dos empreendimentos do MCMV.

O governo estima em sete milhões de unidades o déficit habitacional do país. Dentro do programa federal de habitação, a Caixa prevê a contratação de ao menos 555 mil imóveis até o final de 2023, sendo 440 mil unidades com recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), o que representa um aumento de 15% sobre 2022. Até 2026, a meta é contratar dois milhões de moradias.

A presidente do Sinduscon Paraná Norte, Célia Catussi, disse que a expectativa da entidade (que representa o setor em 80 cidades) é positiva. O Minha Casa, Minha Vida está na lembrança dos cidadãos e empresários brasileiros como um programa habitacional de grande sucesso. E com um efeito multiplicador grandioso para a economia.

Na esteira desses empreendimentos imobiliários vêm os empregos. Só em contratações diretas, Catussi estima em mais de mil vagas para Londrina e região de um total de 300 mil que devem ser criadas no país. “O programa trouxe uma possibilidade. O fato de ter aumentado o valor (do subsídio federal) até a faixa 3 do benefício (para atender famílias com renda mensal entre R$ 4.400,01 e R$ 8 mil e imóveis até R$ 350 mil) e diminuído os juros traz uma perspectiva para o mercado e inclui muitas famílias no programa", explicou a presidente do Sinduscon.

Além da geração de trabalho direta e indireta, o Minha Casa, Minha Vida deve impulsionar o mercado de aluguéis, de compra e venda, e oportunidades para toda a cadeia de indústria que fornece insumos para a construção civil.

A implementação de um programa habitacional desse tamanho une políticos de diferentes correntes ideológicas porque a moradia é um direito básico garantido pela Constituição. Além disso, há compreensão de que fazer casas e apartamentos para quem precisa gera empregos, oportunidades e movimenta a economia local.

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