O comércio de carros usados vai bem no Paraná. As vendas de veículos desse segmento cresceram 8% no Estado no mês de janeiro, chegando a 107.930 automóveis comercializados. No mesmo período de 2023, foram 99.920 vendas efetuadas. Uma pequena elevação de 1,8% também é percebida em relação ao mês de dezembro de 2023, quando 105.979 veículos foram vendidos.

Os dados estão no relatório mensal da Fenauto (Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores) e eles consolidam o Paraná na dianteira na região sul do Brasil em vendas de automóveis usados, já que Rio Grande do Sul e Santa Catarina registraram 85.736 e 63.612 vendas, respectivamente. Em toda a região, a alta é de 8,5% em comparação com janeiro de 2023.

Mas, quando se observa o mês de dezembro, a retração foi de 16%, puxada pela queda de 12% no mercado gaúcho e 38,2% no catarinense.

A tendência de alta no mercado de seminovos e usados também é observada no cenário nacional, segundo a federação. Em janeiro foram comercializadas 1.201.177 unidades, resultado 13,1% maior do que o de janeiro de 2023. Em contrapartida, o resultado de janeiro ficou 13,2% menor do que o constatado em dezembro.

O VW/Gol mantém lugar especial no coração do paranaense. Segundo a pesquisa, o modelo continua sendo o carro mais comercializado entre os seminovos e usados, com 9,49% do total das vendas. Na sequência aparecem outros veículos populares: Fiat/Uno (3,89%), Fiat/Palio (3,87%), GM/Onix (3,45%) e Ford/Fiesta (3,04%). Já entre os comerciais leves, a Fiat/Strada (18,59%), a VW/Saveiro (15,77%) e a GM/S10 (11,60%) dominam as compras no Estado.

A preferência do consumidor também continua sendo pelos carros considerados “velhinhos”, com 13 anos ou mais, com 44.859 vendas. Depois aparecem os “usados maduros”, entre nove e 12 anos, com 25.825 vendas; “usados jovens”, entre quatro e cinco anos, com 24.442; e os seminovos, com até três anos, com 12.804 vendas.

O aumento nas vendas de veículos usados demonstra que a confiança do consumidor está em alta. Se há uma maior disposição para gastar, são boas as chances de impulsionar o crescimento econômico.

Vale destacar também a movimentação no mercado. Quem comprou carro zero geralmente coloca o usado na praça, permitindo que os consumidores tenham acesso a veículos mais acessíveis que os modelos novos, estimulando outros setores como manutenção, reparos, seguro e financiamento.

Por outro lado, não podemos deixar de alertar para aspectos que podem trazer dor de cabeça para quem faz a opção pelo usado, que são questões relacionados à idade média dos carros enquanto exigência da legislação brasileira sobre segurança veicular, regulamentações e o impacto que o veículo causará no meio ambiente. É preciso ficar atento.

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