A Secretaria Municipal de Obras de Londrina concedeu, na terça-feira (8), licença para a execução da reforma e ampliação do Aeroporto Governador José Richa. A expectativa é que os trabalhos comecem o mais breve possível para que em dezembro do ano que vem o terminal esteja operando com mais conforto e mais tecnologia a serviço dos usuários.

Mas será preciso agilizar muito os processos para cumprir a expectativa da CCR Aeroportos de término da reforma no final de 2024, pois a previsão é que as obras levem 18 meses.

A CCR Aeroportos, que desde março de 2022 administra o terminal aeroportuário de Londrina, prevê um conjunto de obras que, após concluídas, deverão triplicar a capacidade do aeroporto. Entre elas, estão a ampliação da área destinada a passageiros, extensão do pátio de manobra das aeronaves e a instalação do ILS (Instrument Landing System ou Sistema de Pouso por Instrumento, em português) e ALS (Sistema de Luzes de Aproximação), tecnologias de auxílio a pousos.

Os investimentos serão de R$ 98 milhões. Entre as melhorias planejadas, estão a reforma e ampliação do terminal de passageiros, que passará de 5,8 mil metros quadrados para oito mil metros quadrados, implantação de dois novos pontos de embarque e desembarque, instalação de fingers, “pontes” de acesso de passageiros às aeronaves, extensão do pátio de manobra dos aviões, alongamento da pista principal para pousos e decolagens em 600 metros, construção de um novo pátio de manobras, entre outros.

Há muitas décadas espera-se por melhorias na operação aeroportuária de Londrina, conforme merece a cidade que desempenhou e desempenha tamanha importância no desenvolvimento do Norte paranaense.

O Paraná, um Estado que pretende crescer no setor turístico, precisa contar com bons terminais aéreos regionais. Lembrando que desde 2019, quando o governo estadual lançou o programa Voe Paraná, lideranças empresariais e políticas buscam expandir o número de voos regulares para outras cidades-polos, além de Londrina, Cascavel, Foz do Iguaçu, Maringá, Ponta Grossa e claro, a capital, Curitiba.

A pandemia da Covid-19, que impôs uma série de restrições por pelo menos dois anos, impactou nos planos de expansão turística em todo o mundo. Com o avanço da vacinação e o retorno à normalidade, volta-se a falar com mais ênfase e investir em turismo e viagens de negócios.

Na quarta-feira (9), o governador Ratinho Junior e o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, se reuniram, em Brasília, com a diretoria da Infraero para discutir uma parceria que busca modernizar os aeroportos regionais do Paraná. Eles apresentaram a Rogério Barzellay, presidente da empresa pública, uma lista de 23 aeródromos atualmente administrados pelos municípios que poderiam ser repassados à gestão federal, ampliando os investimentos nesses terminais. Mas a iniciativa ainda está em fase inicial. Uma nova rodada de conversa será marcada com a Infraero, com a participação dos municípios.

A logística de qualidade tem o poder de puxar o desenvolvimento regional. O problema é que deficiências nessa área estão em todo o território nacional. Há muito se discute o potencial do Brasil para a criação de outras novas rotas aéreas, levando passageiros e negócios para regiões pouco conhecidas e valorizadas. Pouco se avança nesse sentido.

O país precisa de políticas públicas que incentivem a interiorização da aviação, assim como as empresas privadas do setor deveriam também investir em destinos regionais. Este é um bom momento para a pergunta que não quer calar: o porquê das companhias aéreas low cost terem tantas dificuldades para decolar no Brasil.

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