Prefeitura de Londrina e governo do Paraná comemoram o fato de que a arrecadação do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) já superaram o arrecadado no mesmo período do ano passado.

Enquanto o primeiro imposto é de responsabilidade da administração municipal, quem responde pelo segundo é o Estado.

Vamos começar pelo IPTU em Londrina. Dos mais de R$ 514,70 milhões lançados pelo município em 2024, quase R$ 400 milhões já estão nos cofres da prefeitura. O balanço parcial realizado pela Secretaria Municipal da Fazenda mostra um pequeno aumento em relação ao mesmo período do ano passado e a meta é chegar ao final do ano com um índice de inadimplência abaixo dos 17%.

Na atual gestão, a Prefeitura de Londrina adotou o sistema de desconto progressivo para pagamento à vista do IPTU. Os contribuintes que optaram pelo pagamento em parcela única desde 2018, neste ano, tiveram um desconto de 15% sobre o valor lançado.

De meados de janeiro, quando foi iniciada a cobrança do imposto, até a última sexta-feira (8), os pagamentos à vista somavam R$ 272.002.054,70 e o saldo dos parcelamentos chegava a R$ 124.543.079,38, totalizando R$ 396.545.134,08. Considerando os mais de R$ 514 milhões lançados, o montante arrecadado até o momento corresponde a 77,04% do valor total. No ano passado, considerando igual período, a arrecadação de IPTU estava em 76,21% do total.

Quanto ao IPVA, há poucos dias a Receita Estadual divulgou o volume arrecadado com o recolhimento do Imposto. Até 4 de março foram pagos R$ 3,1 bilhões. Comparativamente a igual período de 2023, o crescimento nominal é de 7,27%.

Londrina já recolheu de IPVA cerca de R$ 180 milhões. Desse valor arrecadado pelo Estado com o pagamento do imposto referente a Londrina, cerca de metade entrou no caixa da prefeitura. Ao contrário do IPTU, cuja arrecadação fica 100% no caixa da prefeitura, por lei, 50% do que os municípios pagam de IPVA retorna para os cofres municipais.

São recursos livres, mas há destinações determinadas pela legislação, que obriga a direcionar parte desse valor às áreas da saúde, educação e assistência social. Na educação, por exemplo, a cada R$ 1 arrecadado com o IPVA, R$ 0,30 são empregados no setor.

E por falar em educação, o início do ano, quando as famílias estão dedicadas ao pagamento desses tributos e da declaração de Imposto de Renda, é um ótimo momento para que as crianças também sejam inseridas no tema da saúde financeira.

A pauta da educação financeira vem ganhando espaço, mas é preciso que ela realmente esteja no dia a dia nas escolas, desde a educação básica, para que as crianças tenham formação sobre poupança, compreendam consumo consciente, empreendedorismo, saibam se proteger contra fraudes financeiras e entendam para onde vai o dinheiro pago com IPTU e IPVA.

É uma preparação para a vida adulta, onde elas terão que lidar com questões financeiras como impostos, salários, empréstimos e investimentos. Assim, quando adultos, estarão mais preparados para essas questões e evitarão dívidas excessivas e gastos impulsivos.

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