Usuários de duas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) de Londrina que procuraram pelo serviço nesta segunda-feira (13) tiveram dificuldades para serem atendidos. No posto da Vila Casoni, na área central da cidade, o problema foi furto de fiação. Durante o fim de semana, criminosos entraram pelo telhado e agiram na unidade, que estava fechada.

Foi a quinta vez somente em fevereiro que a UBS da Vila Casoni foi furtada. Um morador ouvido pela reportagem da FOLHA reclamou que as invasões acontecem porque há falhas de segurança. Situação que o secretário de Saúde, Felippe Machado, está tentando resolver. Ele disse que tem buscado junto à Defesa Social a possibilidade de reforçar a fiscalização na unidade, com a permanência de um guarda municipal. “Todas as vezes que fizemos reposição dos fios, eles foram furtados. Quem sai prejudicada é a população”, afirmou o secretário.

Em outra região da cidade, na Usina Três Bocas, zona sul, a UBS também não atendeu pacientes na segunda-feira. O problema foi a chuva forte que caiu na madrugada de sábado (11) ocasionando o desmoronamento de estruturas situadas ao redor do prédio — derrubando, inclusive, uma edificação de muro.

O ponto prejudicado encontra-se em obras desde janeiro com o intuito de facilitar a rotina de usuários com mobilidade reduzida. Entre as intervenções, estão a implantação de rampa de acessibilidade, piso tátil, guarda-corpo e corrimão, além de troca da rede de iluminação.

Enquanto o problema não for resolvido, a Secretaria de Saúde de Londrina vai recorrer ao prédio ao lado, onde funcionava uma escola municipal, para abrigar, de forma provisória, a partir desta terça-feira (14) o serviço prestado pela UBS aos moradores do Patrimônio Três Bocas.

As situações que provocaram a interrupção no atendimento dos dois postos de saúde são distintas. Embora os estragos causados pela chuva forte foram grandes, a questão da UBS da Vila Casoni carece de uma atenção frente ao alto número de furtos em tão pouco tempo. A vigilância precisa ser reforçada, já que o furto de fios de telecomunicações e energia elétrica tornou-se um problema nacional, que envolve quadrilhas sofisticadas que deixam comunidades isoladas e prejudicam escolas e postos de saúde. Com tamanho desrespeito e periculosidade, espera-se que as penas para esse tipo de crime sejam mais duras.

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