A assinatura dos contratos de concessão das rodovias paranaenses que fazem parte do Anel de Integração marca mais um avanço. Nesta terça-feira (30), o governo federal formalizou o início da permissão dos lotes 1 e 2 das estradas federais e estaduais do Paraná, leiloadas em 2023.

A transferência do controle às empresas vencedoras foi efetivada em solenidade no Salão Leste do Palácio do Planalto, em Brasília, com a participação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro dos Transportes, Renan Filho, e do governador Ratinho Junior.

Pelos próximos 30 anos, mais de mil quilômetros do sistema rodoviário paranaense — distribuídos em 19 trechos que abrangem mais de 40 municípios — receberão intervenções como duplicações e implantação de terceiras faixas, obras estruturantes para elevar a qualidade dos trechos concedidos, além de tecnologias para maior segurança viária.

As concessionárias vão aplicar R$ 30,4 bilhões (somados investimentos e serviços operacionais) nas estradas que compõem os dois lotes. A partir da assinatura do contrato, os trechos rodoviários passarão a ser administrados pela Infraestrutura Brasil Holding XXI S.A., vencedora do Lote 1 e que vai gerir o ativo como concessionária Via Araucária, e pelo Consórcio Infraestrutura PR, que arrematou o Lote 2 e o administrará como EPR Litoral Pioneiro.

Segundo o planejamento exposto pelo governo estadual, no primeiro ano de concessão, serão feitas ações emergenciais e de recomposição da sinalização das rodovias. A partir do segundo ano, tem início a recuperação estrutural das estradas concedidas. No Lote 1, formado pelas BRs-277/373/376/476/PR e as PRs-418/423/427, serão 344 quilômetros de vias duplicadas (mais de 70% da extensão total).

Já no Lote 2 (BRs-153/277/369/PR e PRs-092/151/239/407/408/411/508/804/855), que dá acesso ao Litoral e à região do Porto de Paranaguá, mais de 350 quilômetros de pistas duplas serão incorporadas à malha rodoviária.

Em ambos os lotes, estão previstas a implantação de novas estruturas – como pontes, trevos e viadutos – e melhorias nos dispositivos que já existem ao longo das pistas concedidas.

Neste processo de concessão há um fator inédito, reunir vias federais e estaduais. Esse modelo tem como premissa garantir tarifas mais justas de pedágio associadas às melhorias e intervenções nos trechos concedidos. Espera-se que o desconto fique em média 40% menor aos valores praticados anteriormente no estado.

As cancelas das praças de pedágio do Anel de Integração foram abertas no dia 28 de novembro de 2021, com o fim da concessão à iniciativa privada. Nesses pouco mais de dois anos sem o serviço, ficou bastante evidente a importância do trabalho das concessionárias. Não como era antes, com preços altos e resultados parcos. O paranaense merece pagar o preço justo por estradas seguras, com infraestrutura de qualidade e eficientes para os seus usuários.

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