No ranking das cidades brasileiras com mais prédios, Londrina vem ocupando há décadas as primeiras colocações. As últimas pesquisas divulgadas por estudiosos da área deram conta de que a cidade figurava na sexta posição com mais edifícios de ao menos 12 andares. Por aqui, a verticalização se iniciou na década de 1950 com "arranha-céus" que se tornaram ícones da arquitetura nacional, como o Edifício Júlio Fuganti, na rua Souza Naves, centro da cidade.

Na sexta-feira (23), a divulgação de dados do "Censo 2022: Características dos domicílios - Resultados do Universo", pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apontam que 30% dos londrinenses moram em apartamentos. Segundo a pesquisa, dos 209 mil domicílios existentes na cidade, 142 mil são casas e 62 mil apartamentos.

O Censo do IBGE revelou que a taxa de moradores em apartamentos em Londrina é de 29,61%, atrás apenas de Curitiba (33,64%) no Paraná. O ranking estadual segue com Maringá (29,11%); São José dos Pinhais (23,04%); e Cascavel (21,37%) nas cinco primeiras posições. No top 10 ainda aparecem Pato Branco (19,07%); Toledo (15,85%); Francisco Beltrão (15,81%); Dois Vizinhos (15,31%) e Pinhais (14,58).

Na classificação por estados, o Distrito Federal lidera, com 34,23%, seguido do Rio de Janeiro (22,32%), Santa Catarina (21,79%), São Paulo (19,97%) e Espírito Santo (19,04%). O Paraná aparece na oitava colocação, com 13,23%.

Já no cenário nacional, cresce o número de brasileiros que trocaram as casas pelos apartamentos. Apesar de quase 85% da população nacional ainda viver em casas, o que corresponde a mais de 171,3 milhões de pessoas, a parcela de habitantes que migrou para os apartamentos aumentou de 8,5% para 12,5% de 2010 para 2022.

Entre os 5.570 municípios brasileiros, apenas em Santos (SP), em Balneário Camboriú (SC) e em São Caetano do Sul (SP), nessa ordem, a quantidade de moradias verticais já supera as horizontais. Na cidade do litoral paulista, o percentual de pessoas em apartamentos saltou de 57,8% para 63,4% entre 2010 e 2022.

Em Balneário Camboriú, a cidade brasileira com o metro quadrado mais caro do país e com intensa atividade imobiliária, onde a cada ano brotam novos arranha-céus, a fatia de moradores de apartamentos aumentou em quase dez pontos percentuais, saltando de 48,9% para 57,2% em 12 anos. São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, concentra pouco mais da metade da população em apartamentos (50,77%).

A FOLHA traz neste fim de semana (24 e 25) reportagem com ranking das cidades com mais pessoas que moram em apartamentos.

O processo de verticalização das cidades pode oferecer uma série de vantagens quando é bem-planejado. As leis complementares de Londrina do Plano Diretor têm o propósito de condensar e verticalizar ao invés de trabalhar pelo espalhamento, que encarece o custo dos serviços aos cidadãos.

O importante é planejar. Quando isso acontece, o fenômeno da verticalização permite que urbanistas decidam o local onde os prédios serão construídos, assim como toda a infraestrutura ao seu redor.

Morando mais próximos uns dos outros, os cidadãos terão mais facilidade de acessos a hospitais, educação e mercados e menos gastos com transporte público.

Obrigado por ler a FOLHA!