A chamada busca ativa é a arma que a Prefeitura de Londrina utilizará para combater a baixa vacinação entre as crianças. Diante da inércia de centenas de famílias em vacinarem os filhos, a Secretaria Municipal de Saúde de Londrina lançou na segunda-feira (23) o Programa Municipal Vacina nas Escolas.

A proposta da pasta é que as crianças da rede municipal de ensino, que estejam com o calendário vacinal atrasado, sejam imunizadas nas próprias unidades. A rede conta com cerca de 46 mil alunos, distribuídos entre 180 prédios, incluindo os filantrópicos.

No último sábado (21), no dia D de multivacinação, Londrina aplicou 1.373 vacinas em crianças e adolescentes, sendo 870 relacionadas à campanha, 309 de gripe e 194 contra a Covid-19.

A Secretaria Municipal de Saúde avaliou o número como positivo, mas esperava uma participação maior e lembrou que as 12 unidades de saúde que ficaram abertas no sábado tinham capacidade para vacinar até seis vezes mais que o realizado.

Na semana passada, a FOLHA mostrou o alerta feito pelo secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, sobre os baixos índices, que na maioria dos imunizantes está entre 50% e 60%. “Infelizmente, as salas de vacina, em que pese todos os esforços, não estão conseguindo atrair as famílias", lamentou.

Na primeira fase, o programa Vacina nas Escolas contemplará aproximadamente 12 mil meninos e meninas de zero a seis anos que estejam nos CMEIs (Centros Municipais de Educação Infantil) e CEIs (Centros de Educação Infantil).

"A proposta deve proporcionar agilidade e comodidade para os pais que tenham o dia corrido e não conseguem levar o filho até uma UBS (Unidade Básica de Saúde)”, comentou.

Os postos de saúde serão os responsáveis pelas escolas e creches que estão no território de atuação, para organizar a agenda e verificar quantas crianças estão sem vacina e quais são.

As unidades escolares já começaram a informar os pais sobre o programa. Felippe Machado apelou para o bom-senso dos adultos. “Esperamos que os pais não queiram colocar o filho em risco de contrair doenças tão graves e que nos rondam novamente, como é o caso do sarampo e da poliomielite, que já havia sido erradicada. Ninguém em sã consciência quer deixar de proteger o filho”, frisou o secretário de Saúde.

Os pais precisam compreender a relevância da vacinação e neste momento tão delicado em que doenças já erradicadas voltaram a nos assustar, é preciso que as famílias atuem como agentes ativos na proteção da saúde de seus filhos e da comunidade como um todo.

Abandonar um programa de vacinas como o que o SUS (Sistema Único de Saúde) oferece é risco desnecessário que pode resultar em consequências graves para a saúde das crianças e da sociedade em geral.

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