EDITORIAL: As novas regras do Pix
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terça-feira, 03 de janeiro de 2023
Adriana de Cunto - Diretora de Redação
Nem bem o novo ano começou e o brasileiro foi bombardeado por fakes news, uma mostra de que a desinformação não arrefece e continua preocupante, um mal a ser combatido.
A vítima nesta segunda-feira (2) foi o Pix, cujas novas regras começaram a valer no segundo dia do ano. Mas ao contrário do que pregavam as fake news, a ferramenta de transferência instantânea de dinheiro, criada pelo Banco Central, não passará a ser taxada.
Essas novas regras já tinham sido anunciadas pelo governo federal em dezembro do ano passado. A partir de agora, os limites de valor são por período do dia, não mais por transferência, e há mudanças nos valores máximos do Pix Saque e Pix Troco.
Outra mudança diz respeito ao limite. Bancos e outras instituições financeiras não são mais obrigados a impor um limite de valor por transação via Pix. O limite por período, porém, se mantém. Na prática, o cliente poderá fazer uma única transação no valor do seu limite diário. Antes, um usuário que tivesse R$ 500 como valor máximo permitido por transação e R$ 1.000 de limite no período, por exemplo, precisaria realizar ao menos duas transferências se quisesse movimentar qualquer montante compreendido entre R$ 500 e R$ 1.000 no mesmo turno.
Em relação à segurança do usuário, o período noturno começa às 20h e vai até as 6h do dia seguinte. Agora as instituições financeiras poderão ofertar um novo horário para esse turno: das 22h até as 6h do outro dia. A diferença entre o período noturno e diurno é o limite de transação. Durante o dia, o valor máximo que pode ser transferido é igual ao limite disponibilizado para o TED (Transferência Eletrônica Disponível). À noite, o valor máximo é R$ 1.000. Essas quantias podem ser alteradas caso o cliente solicite.
A segurança é uma preocupação para os usuários da ferramenta, principalmente em relação às modalidades de golpe ou fraude que são denunciadas com frequência. Tanto que o Banco Central tem orientado por diversos canais às pessoas que identificarem terem sido vítimas desses crimes, entrem em contato com o seu banco para tentar o ressarcimento. E registrar boletim de ocorrência na polícia.
O lado negativo da facilidade que o Pix trouxe está justamente em novas estratégias de golpes. Para se precaver, o usuário deve manter atenção redobrada. A ferramenta é uma realidade na vida dos brasileiros e manter-se informado sobre ela é a melhor maneira de evitar golpes e de "cair" em fake news.
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