Apesar de o Brasil ter uma lei mais rígida e de algumas ações educacionais realizadas pelo poder público, as ocorrências de trânsito envolvendo motoristas alcoolizados continuam chamando atenção pelas suas consequências trágicas.

Na madrugada de quarta-feira (3), um funcionário de uma terceirizada da Copel e um outro do DER (Departamento de Estradas de Rodagem) ficaram feridos após serem atropelados por um motorista que havia ingerido bebida alcoólica.

O acidente aconteceu na avenida Tiradentes, trecho urbano da BR-369, na zona oeste de Londrina. Os trabalhadores, junto com colegas, faziam o conserto de um poste de energia elétrica que havia sido derrubado num primeiro acidente, em que o condutor fugiu.

Enquanto as equipes realizavam o serviço, o motorista de um veículo Celta que transitava no sentido Londrina-Cambé perdeu o controle da direção, invadiu o canteiro central, bateu contra o veículo acidentado e, na sequência, capotou, atingindo os homens.

O teste do bafômetro apontou resultado de 0.57 miligrama de álcool por litro de ar expelido dos pulmões, o que configura crime de trânsito. O condutor foi preso em flagrante por "conduzir veículo com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool e lesão corporal culposa na direção de veículo automotor qualificada”, conforme destacou um policial rodoviário federal.

O motorista sofreu ferimentos leves e precisou ser levado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim do Sol, antes de ser entregue na Central de Flagrantes. Já os trabalhadores que se machucaram, de 32 e 33 anos, foram encaminhados para a Santa Casa e Hospital Universitário, respectivamente.

Dirigir sob o efeito de álcool continua a ser uma das principais causas de acidentes de trânsito em nosso país. Em 2021, segundo dados coletados pelo Cisa (Centro de Informações sobre Saúde e Álcool), 10.887 pessoas perderam a vida em decorrência da mistura de álcool com direção, o que dá uma média de 1,2 óbito por hora.

Os dados são alarmantes. Todos os anos, milhares de vidas são perdidas e famílias fortemente prejudicadas devido a acidentes provocados pela imprudência e irresponsabilidade de pessoas que decidem assumir o volante após consumir álcool.

Para reduzir essas tragédias, é preciso uma ação urgente e coordenada, que envolva fiscalização eficaz, cumprimento das leis e trabalhar a prevenção, essa última certamente a mais eficaz e capaz de provocar uma mudança efetiva.

Investir em campanhas educativas nas escolas, universidades, indústrias e por meio dos veículos de imprensa é fundamental para conscientizar a sociedade sobre os perigos do álcool ao volante.

Obrigado por ler a FOLHA!