Moradores de Bandeirantes, no Norte Pioneiro, passaram por momentos de muito medo e aflição no último domingo, quando dois rios que passam pela cidade transbordaram e rapidamente alagaram vários bairros. Um forte temporal havia atingido a cidade horas antes, o que contribuiu para que os rios ficassem muito cheios.

Cerca de 250 famílias foram atingidas de alguma maneira, sendo que parte delas ficou desabrigada. Muita gente perdeu casa, móveis, roupas e alimentos.

No domingo (5), o prefeito de Bandeirantes, Jaelson Matta, decretou estado de calamidade pública, medida prevista para 180 dias, podendo ser prorrogado. O decreto permite o aluguel social, fator importante nesse momento. O chefe do executivo fala também em estudar formas de resolver de maneira definitiva o problema, talvez realocando essas pessoas em outra aérea e construindo unidades habitacionais.

Nesta segunda-feira (6), foi dia de intensificar a limpeza das ruas e dos imóveis atingidos pela chuva e lama. Integrantes da Defesa Civil do Estado chegaram a Bandeirantes para auxiliar no levantamento dos estragos provocados pelas chuvas e disponibilizar benefícios emergenciais.

A população de Bandeirantes que não foi atingida pela inundação se mobiliza para ajudar quem perdeu tudo, arrecadando roupas, alimentos e móveis. Cidades vizinhas também estão fazendo arrecadações e o prefeito de Londrina, Marcelo Belinati, usou suas redes sociais para pedir que os londrinenses também ajudem as pessoas afetadas pelas inundações em Bandeirantes.

Além das casas que ficaram danificadas, cerca de 30 pontes rurais foram danificadas, deixando comunidades ilhadas. Uma outra ponte que fica na área urbana terá que ser reconstruída.

Felizmente, o transbordamento dos rios não causaram mortes e ferimentos graves entre os moradores de Bandeirantes. É muito recente ainda a tragédia de São Sebastião, no Litoral de São Paulo, ocorrida na noite de 18 de fevereiro, sábado de Carnaval. Uma tempestade histórica, cujo volume, 640 mm em 24 horas, causou inundações e deslizamentos que fizeram desaparecer quarteirões e estradas, matando 65 pessoas (64 em São Sebastião e uma em Ubatuba)

Cientistas vêm alertando que eventos climáticos extremos devem ficar mais constantes em consequência do aquecimento global. É preciso que o poder público elabore planos de prevenção e de ação e que a sociedade saiba como agir quando essas ocorrências acontecerem.

A gravidade dos danos e dos prejuízos provocados pelos eventos climáticos mais violentos vão depender muito das medidas de proteção e prevenção tomadas pelo poder público.

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