EDITORIAL: A temporada de chuva e o perigo da dengue
O atual período epidemiológico começou em 28 de julho e o Estado já soma 56.699 notificações, 7.084 diagnósticos confirmados e dois óbitos
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quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
O atual período epidemiológico começou em 28 de julho e o Estado já soma 56.699 notificações, 7.084 diagnósticos confirmados e dois óbitos
Folha de Londrina
Em janeiro, mês com alta incidência de chuva no Paraná, o Estado enfrenta um desafio que, embora muito conhecido da população, continua a causar sérias consequências: a dengue. Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, essa doença é uma ameaça real à saúde pública e o aumento de casos nos primeiros meses do ano reforça a necessidade de vigilância e de ações coletivas.
Nesta terça-feira (14), após três semanas sem a publicação do boletim epidemiológico da dengue por conta do recesso de fim de ano, a Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) publicou o novo informe da dengue. Foram registrados mais 1.709 casos da doença.
O atual período epidemiológico começou em 28 de julho de 2024 e o Estado já soma 56.699 notificações, 7.084 diagnósticos confirmados e dois óbitos em decorrência da dengue. As mortes são de uma adolescente que morava em Abatiá (Norte Pioneiro) e de um homem de 55 anos de Cambé.
Segundo o boletim da Sesa, 383 municípios já apresentaram notificações da doença transmitida pelo Aedes aegypti e 286 possuem casos confirmados. As regionais com os maiores números de casos confirmados neste período epidemiológico são a 17ª Regional de Saúde de Londrina (1.487); 14ª RS de Paranavaí (1.035); 15ª RS de Maringá (568); 2ª RS Metropolitana (504) e 1ª RS Paranaguá (488).
Neste período epidemiológico, Londrina tem 1.061 casos positivos da dengue. Dos 21 municípios da 17ª Regional, apenas dois não apresentam registros da doença: Pitangueiras e Prado Ferreira.
A responsabilidade de combater o mosquito transmissor é de toda a sociedade. Ações simples são muito eficazes e salvam vidas. Entre elas estão verificar regularmente caixas d’água, calhas, vasos de plantas e qualquer objeto que possa acumular água parada e servir de criadouro para o Aedes aegypti.
O poder público também precisa fazer sua parte, criando novos programas e ampliando as ações de combate à dengue, incluindo mutirões de limpeza e campanhas educativas. A transparência na divulgação de dados sobre surtos e o investimento em pesquisas que busquem tratamentos mais eficazes também são indispensáveis.
Somente com o engajamento conjunto da sociedade civil, das autoridades e do setor privado poderemos minimizar os impactos da dengue.
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