Começa a sair do papel as obras de revitalização do espaço escolhido pelo município para marcar os 90 anos de Londrina, data que será comemorada em 10 de dezembro de 2024. Trata-se do Parque Arthur Thomas, belíssima área de 86 hectares preservados da Mata Atlântica, com muitas espécies de animais e plantas, às margens da Avenida Dez de Dezembro, na zona sul. É o único parque urbano de Londrina.

Na semana passada, a prefeitura abriu o processo de licitação para realizar as primeiras melhorias no parque, que é administrado pelo município. A empresa escolhida será responsável por fazer o cercamento e a construção de um túnel subterrâneo ligando o parque ao anexo, além de outras adequações na área de lazer.

O objetivo da reforma é dar maior proteção, conservação e preservação ambiental da fauna e da flora existentes no parque e proporcionar mais segurança aos visitantes, estudantes e pesquisadores. As obras vão custar R$ 5,8 milhões e a empresa vencedora terá 10 meses, a contar da assinatura da ordem de serviço, para finalizar os trabalhos.

Levando em conta que estamos em maio, e os 90 anos de Londrina serão comemorados em dezembro do ano que vem, é melhor que os trabalhos de revitalização não entrem na engrenagem da burocracia e atrasos tão comuns em obras públicas. Como exemplo, temos a demora na conclusão da trincheira no cruzamento da avenida Leste-Oeste com a Rio Branco.

O Arthur Thomas é um espaço muito querido do londrinense e as suas belezas podem ser exploradas como atração turística, assim como acontece com os parques de Curitiba. Ele tem oito trilhas, sendo que quatro estão abertas ao público. Outro belo local que também tem potencial turístico é o Jardim Botânico de Londrina, sob a responsabilidade do governo estadual. O problema são as estufas inacabadas, que chamam atenção (negativamente) do visitante logo na sua chegada.

Na última quinta-feira, como parte das atividades da 21ª Semana Nacional de Museus, foi realizada uma visita guiada a uma das principais trilhas do parque: a do Tatu. A programação foi desenvolvida pelo Museu Histórico Padre Carlos Weiss e pelo Museu de Arte de Londrina seguindo a temática da sustentabilidade prevista para a edição.

Com 1,2 quilômetro, a Trilha do Tatu permite a apreciação de diversas espécies de plantas e animais nativos da Mata Atlântica, como a peroba-rosa, o cedro-rosa e a paineira, assim como de macacos-pregos, pacas, capivaras, quatis, tatus, aves e insetos.

Os parques urbanos têm uma função ecológica, estética e de lazer e influenciam na qualidade de vida muito mais do que se imagina, pois interferem no equilíbrio ambiental nas cidades. Preservá-los é uma necessidade.

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