EDITORIAL: A onda de calor e os cuidados com a saúde
Médicos aconselham a evitar se expor ao sol e ao calor e buscar lugares frescos
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quarta-feira, 20 de setembro de 2023
Médicos aconselham a evitar se expor ao sol e ao calor e buscar lugares frescos
Folha de Londrina
Desde o início da semana, o Brasil é alvo de uma forte onda de calor, com temperaturas previstas, para os próximos dias, de até 45º C em algumas regiões, como o Centro-Oeste. Nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste os termômetros já vêm alcançando 40ºC nessas últimas horas de inverno.
Com um certo exagero, os brasileiros comparam a onda de calor com o famoso Vale da Morte, deserto localizado na Califórnia, Estados Unidos, conhecido por ser um dos lugares mais quentes do mundo. Que fique apenas no exagero.
O Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná) prevê que o próximo fim de semana será muito quente para o Norte do Estado, chegando a 40ºC. Os serviços de saúde pública vêm alertando a população para os cuidados nesse período, com especial atenção para idosos e crianças.
Médicos aconselham a evitar se expor ao sol e ao calor e buscar lugares frescos. Manter-se hidratado e não deixar de lado o filtro solar também é recomendado.
A Sesa (Secretaria Estadual da Saúde) também alertou sobre cuidados com a alimentação, recomendando o consumo de alimentos in natura, evitando os ultraprocessados. Frutas, verduras, legumes, arroz e feijão em geral possuem alto teor de água, diferente dos ultraprocessados, que são ricos em sódio, aditivos e escassos em água. Os refrigerantes, néctares e refrescos, apesar de possuírem alto teor de água, são ricos em açúcar ou adoçantes e aditivos, não sendo uma fonte adequada para hidratação.
O forte calor fora de hora animou alguns setores do comércio. Distribuidores de gelo, água mineral e bebidas e lojas de eletrodomésticos estão otimistas e apostam em um crescimento de até 40% nas vendas nos próximos dias. Destaque, certamente, para ventiladores e aparelhos de ar-condicionado.
Não podemos desconsiderar que estamos sob a influência do El Niño, que interfere na temperatura e no esquema de chuva. Juntando aos efeitos das contínuas emissões de dióxido de carbono pela humanidade, que elevaram a temperatura no planeta, chegamos à previsão dos cientistas: 2023 poderá ser o ano mais quente já registrado no mundo.
Poder ser que essa onda de calor extremo, que está sendo sentido na pele, ajude a conscientizar as pessoas a mudarem alguns hábitos prejudiciais ao meio ambiente e as levem a pressionar os líderes e políticos a investirem em programas para mitigação da mudança climática, como o uso de energia renováveis.
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