Entre as várias incógnitas que a pandemia da Covid-19 impôs ao Brasil, uma das mais preocupantes diz respeito à educação: como recuperar o ensino e os conteúdos? A experiência foi sofrida principalmente para os alunos de baixa renda, que não tinham acesso a computadores e internet de qualidade - só para citar os problemas mais básicos.

Imagem ilustrativa da imagem EDITORIAL: A demora do Brasil em reabrir suas escolas
| Foto: Vivian Honorato -N.com

Um relatório da Unesco divulgado no começo deste ano mostrou que as escolas de todo o mundo passaram em média 2/3 do ano letivo fechadas por causa da pandemia no ano de 2020.

A média global de período de fechamento das escolas foi de 5,5 meses (22 semanas), enquanto no Brasil caminha para 13 meses, pois estima-se que grande parte das escolas públicas do país esteja voltando para o ensino híbrido a partir de agosto. O avanço da vacinação está possibilitando esse retorno.

Londrina apresentou na última segunda-feira o cronograma da retomada das aulas presenciais na rede municipal de ensino. Conforme outros municípios do estado já vinham anunciando, o retorno gradual com 50% da capacidade das salas de aula terá início na próxima segunda-feira (2) de forma facultativa. Os primeiros a retornarem serão os estudantes das turmas de 4º e 5º anos do Ensino Fundamental, e da EJA (Educação de Jovens e Adultos). O objetivo é avançar com o retorno dos mais jovens a cada 14 dias, a partir de análises do possível aumento no número de casos da Covid-19 na cidade.

De acordo com o planejamento, o retorno foi pensado de modo que cada turma fosse "dividida" em dois grupos. Enquanto um grupo poderá assistir às aulas nas escolas, o outro segue no modelo remoto. O professor do presencial acompanha todas as atividades no presencial e o do remoto também.

Na semana passada, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, defendeu em pronunciamento em rede nacional o retorno às aulas presenciais em todo o país. "O Brasil não pode continuar com as escolas fechadas gerando impacto negativo nestas e nas futuras gerações", disse.

É claro que a retomada deverá observar regras básicas, como o uso de máscaras e álcool em gel tanto para professores quanto para estudantes.

Na educação, a pandemia da Covid-19 representou uma disparidade entre o ensino público e particular, desigualdade na aprendizagem e evasão escolar, principalmente entre os jovens do ensino médio.

Não é possível negar que o ensino híbrido veio para ficar, mesmo porque a pandemia não acabou. Diante disso, é urgente que os governos federal, estaduais e municipais invistam fortemente na melhoria da conectividade das escolas e pense na inclusão dos alunos mais carentes também nessa conectividade.

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