2023 está chegando ao fim, falta menos de um mês para o Natal e 2024 já desponta bem perto.

O balanço do ano que termina aponta para perdas e ganhos, com um saldo negativo se pensarmos naquela que é a mensagem final de todos os anos: "paz aos homens de boa vontade".

Entre duas guerras, da Rússia com a Ucrânia, e a de Israel com o Hamas - que na verdade, atinge toda a Palestina - vão longe os sonhos de harmonia planetária, perturbada por exércitos cada vez mais orgulhosos de armas sofisticadas e governos tentando abrir a fórceps, sem sucesso, tempos frutíferos.

Não há o que comemorar na interlocução entre nações em conflito e bem distantes de chegar ao fim das guerras, para desespero dos civis que são os mais atingidos com baixas consideráveis da população que engrossa, sem rumo, a massa migratória pelo mundo.

Se o assunto for o futebol, 2023 também apresenta mais perdas que ganhos para o Brasil: mal classificado com a Seleção em sexto lugar nas eliminatórias da Copa, o País pode ainda festejar a vitória do Fluminense na Taça Libertadores. Mas trazendo a lupa para perto, o amado LEC amarga seu destino na série C do campeonato brasileiro, entre o choro e o ranger de dentes da torcida.

Ajustando um pouco mais as lentes, nem tudo está perdido.

No Mês da Consciência Negra, a Flip - Festa LIterária de Paraty - saudou escritoras pretas como a amada Conceição Evaristo. Já no noticiário local tivemos a estreia da "Lírica Preta" que reuniu no palco do Teatro Ouro Verde, no final de semana, as cantoras e irmãs Edna d'Oliveira e Edineia de Oliveira, juntamente com a Orquestra Sinfônica da UEl - Osuel - e outros convidados, para trazer ao público londrinense um resgate através da história musicada de outras cinco cantoras líricas negras: Joaquina Lapinha, Camila Maria da Conceição, Zaíra de Oliveira, Maura Moreira e Maria d´Apparecida. Vozes só agora lembradas como parte da luta pela igualdade racial. Ainda neste contexto, lideranças negras de Londrina deram entrevista à FOLHA, nesta segunda-feira (27), sobre o que é sentir o racismo, literalmente, na pele.

Há muito ainda para se caminhar na consolidação das políticas afirmativas contra a violência, as guerras, pela igualdade racial e pelo meio ambiente, objeto da Conferência da ONU Sobre Mudanças Climáticas - COP 28 - que será realizada em Dubai neste final de ano, e da COP 30, que será realizada no Brasil, em Belém do Pará, em 2025.

Mas, entre perdas e ganhos, nos apoiamos na esperança e trazemos ao noticiário pequenas vitórias num mundo conturbado. Ainda que a luz seja pouca para um grande cenário de paz, acendemos o possível para clarear consciências.

Até por isso, obrigada por ler a FOLHA!

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