Os números pouco animadores de geração de emprego na região de Londrina mostram que o tema deve ser uma das prioridades dos prefeitos que assumiram o posto no começo do mês. Os dados de dezembro do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério da Economia, mostram um saldo negativo de 741 vagas de emprego nas cinco maiores cidades da Região Metropolitana de Londrina (Londrina, Ibiporã, Cambé, Rolândia e Arapongas). Com exceção de Ibiporã, todas apresentaram retração no último mês de 2020.

Já no acumulado do ano, as cinco cidades juntas registraram um saldo positivo de 3.724 vagas, resultado de 103.270 admissões e 99.546 demissões. O desempenho foi puxado principalmente pelos bons desempenhos de Rolândia e Arapongas. Londrina foi a única da lista que terminou o ano com saldo negativo. Foram -991 vagas, o quarto pior resultado em números absolutos do Estado, atrás apenas de Foz do Iguaçu (- 4.463), São José dos Pinhais (2.068), e Pinhais (1.002).

Por outro lado, destacam-se Ponta Grossa, com 5.626 vagas positivas; Curitiba (2.928) e Cascavel (2.558). Em entrevista à FOLHA, o professor Marcos Rambalducci, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná e colunista do jornal, pondera que os números de Londrina não são tão ruins como parecem. Destacando que a questão do desemprego ou redução dos postos de trabalho foi muito mais impactante em dezembro de 2019 e que a partir de junho de 2020 a economia começou a recuperar os postos de trabalho.

O professor e colunista da FOLHA acredita que 2021 será melhor, embora espera um primeiro trimestre oscilante. O início da vacinação contra a Covid-19 dá bastante esperança de que os riscos de um lockdown diminuam no futuro e o crescimento econômico seja retomado com a imunização em massa da população.

A importância dada ao imunizante não se limita somente ao aspecto de saúde ou da livre circulação. Certamente, a vacina será a "virada da chave" para que o país volte a crescer da forma como esperamos. Mas não podemos ficar apenas esperando.

Na edição de quinta-feira (28), a FOLHA mostrou os planos que o Paraná tem para retomar o protagonismo da indústria têxtil, que chegou a ocupar a segunda posição no ranking nacional de produção de vestuário e caiu para o sexto colocado. Vencer a crise depende, sim, da vacinação em massa, mas também de planejamento e criatividade.

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