O mundo se vê novamente diante de notícias de um novo vírus em circulação gerando preocupação entre profissionais de saúde e a população sobre o risco de vivermos um surto ou uma nova pandemia. Em 2020, quando foi decretada a pandemia do novo coronavírus, muito se falava que a Covid-19 havia pego o mundo de surpresa. Podemos dizer o mesmo da varíola do macaco?

Em Londrina, a preocupação cresce. Nesta terça-feira (9), a Secretaria Municipal de Saúde anunciou que investiga 12 casos suspeitos da varíola do macaco, ou Monkeypox, na cidade. Todos estão sendo monitorados e, segundo o secretário da pasta, Felippe Machado, aguardam os resultados do exame em isolamento domiciliar.

Entre os suspeitos, sete são homens e cinco mulheres, com idade entre 14 e 65 anos. Machado chamou a atenção para o fato de que, dos 12 suspeitos, nove não têm histórico de viagem. Nesta terça-feira, o Ministério da Saúde declarou emergência máxima, por conta da transmissão comunitária. Isso significa que não é mais necessário que pacientes tenham visitado outro país com maior incidência de casos da doença para que sejam classificados como suspeitos.

Os principais sintomas envolvem febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfadenopatia (aumento do tamanho dos gânglios linfáticos, localizados no pescoço, na axila e na virilha), calafrios e fadiga. "Não podemos afirmar que há uma transmissão comunitária em Londrina porque não há nenhum caso positivo até o momento", afirmou o secretário, em entrevista aos veículos de comunicação. "A preocupação é que é uma doença transmissível e o número de pessoas contaminadas está aumentando em todo o mundo e não tem medidas de contenção nesse momento, que seriam medicamentos e vacina”, disse.

Importante que o Poder Público oriente a população sobre prevenção e sintomas e prepare os profissionais de saúde para identificarem e tratarem a partir de protocolos o paciente com diagnóstico. O país não pode ficar à deriva no combate à doença. É preciso estratégia em todos os âmbitos da saúde pública. A afirmação de que um surto ou uma pandemia pegou o mundo de surpresa já não é mais justificativa.

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