Está decidido: o Paraná vai começar a vacinar adolescentes de 12 a 17 anos com comorbidades e jovens de 17 anos sem comorbidades. A decisão foi tomada na terça-feira (21) em reunião da Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) com o Cosems (Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Paraná) e a AMP (Associação dos Municípios do Paraná).

Os municípios paranaenses deverão usar a reserva técnica do imunizante Pfizer/BioNTech para essa etapa, aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) , considerando-se que não houve repasse do Ministério da Saúde para esse público. A orientação ainda será deliberada na Comissão Intergestores Bipartite nesta quarta-feira (22), com previsão de início na quinta (23). Adolescentes com comorbidades serão vacinados em ordem decrescente e serão também levadas em consideração as deficiências permanentes, gestantes e puérperas, indígenas e pessoas privadas de liberdade.

O governador Ratinho Júnior ratificou a decisão afirmando que "a vacinação tem demonstrado que é a grande arma contra a pandemia. E a adesão tem sido muito alta no Paraná. Com os adultos vacinados, estamos partindo para os adolescentes".

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Desde a última sexta-feira (17), a despeito da recomendação do Ministério da Saúde, que causou muita polêmica, pelo menos 21 estados mantiveram ou retomaram a vacinação dos adolescentes.

A morte de uma adolescente em São Paulo foi o que deflagrou decisões e recomendações estapafúrdias acerca da imunização contra a Covid-19. Na última terça-feira (20), no entanto, representantes da Anvisa receberam informações do Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo que negam a relação entre a morte da adolescente e a vacina. A causa provável da morte da jovem, segundo a Secretaria de Saúde de São Paulo, foi o fato dela ser portadora de uma doença autoimune e a Anvisa considerou muito consistente a documentação recebida após as análises.

Num momento em que notícias falsas são reproduzidas sem critérios nas redes sociais por pessoas levadas por ideologias e sem o hábito de aguardar a checagem dos fatos, esse tipo de elucubração acerca de vacinação e morte causa um estrago, se não um retrocesso na realidade de um país que já começou atrasado a imunização contra a doença considerada um flagelo do século 21, com milhares de mortos, incluindo adolescentes.

Que a ciência seja levada mais em consideração que o "achismo" e que os jovens recebam com a vacina a esperança de um futuro com mais saúde e vida.

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Health professional prepares syringe with coronavac vaccine against coronavirus (COVID-19) at the Lagoão sports gym, in the city of Apucarana.
Health professional prepares syringe with coronavac vaccine against coronavirus (COVID-19) at the Lagoão sports gym, in the city of Apucarana. | Foto: Jair Ferreira Belafacce