Em maio, mais precisamente no dia 19, a FOLHA noticiava que após várias semanas consecutivas de aparente tranquilidade, os números relacionados à Covid-19 voltaram a crescer em Londrina, pelo menos no que se referia à quantidade de contaminados. Um dado era preocupante: os novos casos de coronavírus em uma semana aumentaram cerca de 760%: entre os dias 11 e 16 de abril, por exemplo, a secretaria municipal de Saúde contabilizou 113 pessoas infectadas com o vírus. Na semana entre 9 e 14 de maio, o balanço foi de 971 novos doentes.

Os casos não pararam de subir, levando gestores municipais a endurecerem em relação a algumas medidas sanitárias, principalmente quanto ao uso de máscaras de proteção. No dia 25 de maio, o prefeito de Londrina, Marcelo Belinati recomendou que a população voltasse a usar a máscara em locais fechados.

A mesma recomendação veio dos prefeitos de São Paulo e Campinas. Em Ibiporã, na Região Metropolitana de Londrina, o prefeito José Maria Ferreira tornou obrigatório o uso do acessório em repartições públicas. No Rio de Janeiro, a recomendação da prefeitura foi para que todos que fazem parte de grupos prioritários, como idosos e pessoas com comorbidades, utilizem a máscara.

Especialistas em saúde pública avaliam que o período de outono/inverno é propício para o aumento de registros de infecções nas vias aéreas, mas eles acreditam que colaborou para o crescimento do número de casos o abandono de todas as medidas de prevenção, como as máscaras, além de uma queda na cobertura vacinal.

Quanto à vacinação contra a Covid-19, Londrina está entrando em uma nova fase e a prefeitura anunciou nesta terça-feira (7) que irá liberar a imunização de reforço (4ª dose) para 19.443 profissionais de saúde (totalidade de profissionais) e para 20.559 pessoas com idade acima de 55 anos.

Segundo o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, o corte etário acima de 55 anos foi diferente do estabelecido pela nota técnica do Ministério da Saúde, que colocava o patamar acima de 50 anos, por falta de oferta de doses suficiente neste momento.

A vacinação foi essencial para diminuir a taxa de hospitalizações e mortes, possibilitando a retomada de vários serviços tão importantes, como as aulas presenciais. Com o avanço das etapas da imunização, os números foram reduzindo e nesse inverno que se aproxima é necessário redobrar a atenção e não baixar a guarda.

Temos que aproveitar a dura lição desses dois anos de pandemia e mantermos em vigilância, assim como o poder público deve se preparar para ações rápidas caso os números cresçam mais ainda. O mundo ainda está em situação de surto.

Obrigado por ler a FOLHA!