Enquanto alguns estados já começam a flexibilizar as regras para a utilização de máscaras contra o contágio da Covid-19, o secretário estadual de Saúde, Beto Preto, anunciou que está descartada a iminência de se abolir o uso de máscaras contra a Covid-19 no Paraná.

De acordo com o secretário, a liberação só deve ocorrer no fim do março ou início de abril. A prudência, segundo Beto Preto, se justifica pelo fato de que a variante ômicron possui uma “cauda longa”, em que o contágio não se dá em dois ou três dias, mas pode se estender até seis ou sete dias.

Ele avalia que é preciso ao menos 15 dias após o Carnaval para avaliar os impactos da data. De acordo com diagnóstico da Sesa (Secretaria Estadual de Saúde), as festividades foram amenas, porém o secretário lembra que houve reuniões familiares em todo o Estado, o que contribui para a elevação dos índices de transmissão da doença, à exemplo de cenários registrados anteriormente nas festas de fim de ano.

O vestibular da UEL (Universidade Estadual de Londrina), que atraiu mais de 15 mil estudantes à cidade, também é visto como um evento com potencial para o aumento dos casos, mesmo com todos os cuidados.

Beto Preto diz que a aplicação da prova também será usada como um referencial de cenário epidemiológico. “Se não aumentar o número de casos e nem aumentar o número de pessoas internadas, nós vamos ter tranquilidade para tomada de decisão no momento correto”, comentou em entrevista à FOLHA, referindo à flexibilização das máscaras.

Outra preocupação das autoridades sanitárias é em relação aos grandes eventos, como a 60ª ExpoLondrina, marcada para ocorrer entre os dias 1 e 10 de abril.

O panorama atual de vacinação já permite a retomada das feiras agropecuárias, mas é sempre bom ressaltar que os cuidados devem ser mantidos.

Apesar do Paraná aparecer entre os mais avançados no ranking nacional de imunização, os desafios ainda são grandes. Segundo a Sesa, 1,3 milhão paranaenses não tomaram doses de reforço.

Já a vacinação das crianças, que é a terceira melhor do País, não consegue bater 60% do total. Infelizmente, os mesmo avanços tecnológicos que auxiliaram o desenvolvimento de imunizantes e que propiciaram uma logística eficiente, também trouxeram a disseminação da desinformação.

No entanto, a era digital é um processo irrefreável. Cabe a cada um de nós contribuir para que este ambiente seja saudável. Assim como a vacina, combater a desinformação também salva vidas.

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