Todo ano é a mesma coisa: junto com as alegrias do Natal, as notícias de morte nas estradas entristecem famílias e a população em geral que se sensibiliza, mais ainda, com as perdas em data festiva.

Este ano, uma notícia pode aplacar pelo menos uma parte da tristeza: o Natal de 2022 foi menos violento nas estradas do que em 2021 nas rodovias do Paraná. A queda é significativa: dados das Polícias Rodoviárias Estadual e Federal apontam uma redução de 50% nas mortes causadas por acidentes nas estradas do estado, segundo matéria publicada nesta edição da FOLHA.

Realizada entre 23 e 25 de dezembro, a Operação Natal indica 10 mortes nas estradas estaduais, uma diminuição expressiva em relação a 2021, que teve 18 mortes. Em compensação, o número de acidentes saltou de 47 para 59; já nas estradas federais, os óbitos caíram de 12 para seis este ano.

Como em anos anteriores, nesta época as autoridades de trânsito não se cansam de alertar sobre dois motivos que estão entre os principais quando o assunto são os acidentes e mortes nas estradas: embriaguez ao volante e excesso de velocidade, sendo que a velocidade excessiva não é controlada nem mesmo com o uso de radares. Estatísticas mostram que motoristas abusam mesmo sabendo que estão sendo vigiados, uma irresponsabilidade que pode causar a perda de sua própria vida e a de outros.

Existem ainda registros absurdos como o de motoristas sem habilitação envolvidos em acidentes e o desrespeito maior contra motociclistas que, por trafegarem em veículos menores, são negligenciados por outros condutores.

Com a chegada do Ano Novo e novas viagens despontando no horizonte, também pelo período de férias, não custa relembrar cuidados básicos antes de pegar a estrada, que vão das condições mecânicas dos carros à checagem dos pneus. Em viagens longas também são recomendadas pausas para que o motorista não dirija estressado. É melhor estender o tempo da viagem do que causar acidentes e, pior, perder a vida.

Quanto às bebidas alcoólicas, não custa esperar o momento certo para desfrutar deste prazer sem incorrer no risco da irresponsabilidade voluntária. O melhor é encontrar os amigos e parentes com segurança, indo e vindo nas estradas sem incorrer nos riscos que tiram toda a alegria das famílias. É tempo de festejar a saúde e a vida. Contrariar este princípio é a última coisa que alguém pode desejar no final do ano.

Preservar vidas e a verdadeira alegria das famílias, nas estradas do Paraná e do Brasil, é tudo o que podemos desejar quando encerramos mais um ciclo para começar outro.

A FOLHA deseja uma boa viagem aos seus leitores!