EDITORIAL - Tragédia aérea na Índia
O avião levava 242 pessoas - 230 passageiros e 12 tripulantes - e caiu em uma área residencial
PUBLICAÇÃO
sexta-feira, 13 de junho de 2025
O avião levava 242 pessoas - 230 passageiros e 12 tripulantes - e caiu em uma área residencial
Folha de Londrina
A queda do Boeing 787 Dreamliner da Air India, logo depois de decolar de Ahmedabad, no Oeste da Índia, atingindo uma zona densamente povoada, foi uma tragédia que transcende as estatísticas que normalmente chamam atenção nesse tipo de catástrofe. Foi o pior desastre aéreo do mundo em uma década.
O avião levava 242 pessoas — 230 passageiros e 12 tripulantes — quando caiu, atingindo uma zona densamente povoada, incluindo um prédio que funcionava como moradia de estudantes do curso de medicina do B.J. Medical College.
A destruição se espalhou, assim, para além da aeronave, ferindo residentes locais, ampliando a dor e o impacto na comunidade.
Segundo a polícia, cerca de 240 pessoas morreram e ao menos 41 pessoas estão feridas. Entre os mortos estão pelo menos cinco estudantes de medicina que estavam no refeitório do alojamento universitário.
O avião estava a caminho do aeroporto Gatwick, em Londres, no Reino Unido. Ainda segundo as autoridades locais, um passageiro do Boeing 787 sobreviveu. O homem ocupava o assento 11A e foi hospitalizado.
As mais de 240 pessoas a bordo incluíam 217 adultos, 11 crianças e dois bebês. De acordo com a Air India, eram 169 cidadãos indianos, 53 britânicos, sete portugueses e um canadense. Havia ainda dois pilotos e dez tripulantes na aeronave.
Em momentos como esse é comum surgirem questionamentos sobre falhas técnicas, manutenção ou até mesmo treinamento da tripulação. As ações da fabricante de aviões Boeing caíram cerca de 5% logo do dia após a notícia do acidente ganhar o mundo.
Somente uma série de investigações poderão apontar a causa do acidente, o primeiro em grandes proporções envolvendo um Dreamliner desde sua introdução em 2011, com o uso disseminado desse modelo em rotas longas.
Outro debate importante que surge a partir do acidente é a ocupação de áreas próximas a aeroportos sem medidas adequadas de mitigação para esses cenários de emergência.
Apesar da segurança global em voo ser alta, esta tragédia lança questões que precisam ser esclarecidas com a maior transparência possível, além de reforçar inspeção, manutenção preventiva e aprimoramento do trabalho da tripulação.
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