A vacinação contra a Covid-19 de quase 87% da população brasileira ajuda a tranquilizar as autoridades sanitárias para o caso do surgimento de uma nova onda de transmissão da doença, possibilidade que está sendo prevista por vários especialistas em saúde pública devido ao aumento no número de infectados.

Observa-se uma tendência de alta de casos, tanto que vários municípios brasileiros têm insistido na recomendação do uso das máscaras de proteção em locais fechados. O avanço da imunização evitou até agora que se repetisse os cenários dramáticos de UTIs lotadas por pacientes com Covid-19, mas muitos médicos alertam para que a população não abandone o estado de atenção, principalmente devido ao surgimento de novas variantes do coronavírus.

Na última quinta-feira (16), em reunião do PNI (Programa Nacional de Imunizações), o governo federal discutiu a ampliação da quarta dose da vacina contra a Covid (ou a segunda dose de reforço) a pessoas a partir de 40 anos de idade. O anúncio oficial desta medida, pelo Ministério da Saúde, está sendo esperado para a próxima segunda-feira (20).

A segunda dose de reforço tinha sido liberada para a população acima dos 50 anos no último dia 4. Assim como ocorreu nas outras faixas etárias, a quarta dose só pode ser aplicada no mínimo quatro meses após a terceira. Há municípios, Teresina (Piauí) e Belém (Pará), que já começaram a aplicação da quarta dose antes mesmo da recomendação do ministério. Os estados e municípios não são obrigados a seguir as recomendações do governo federal e podem elaborar regras próprias para o combate à pandemia, como reforçou o STF (Supremo Tribunal Federal) em decisão de 2020.

Em agosto, segundo apuração do jornal Folha de S. Paulo, vence o prazo de validade de quase 28 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19, compradas a um custo de R$ 1,23 bilhão. Nesse sentido, pode ser interessante até que se libere para toda a população na faixa dos 40 anos, independentemente se a pessoa tenha ou não comorbidades.

É a máxima de que é melhor a vacina no braço e o ideal seria o Ministério da Saúde realizar uma ampla e eficiente campanha de conscientização incentivando os cidadãos a completarem o ciclo vacinal e buscarem as doses de reforço.

Enquanto estamos falando do Ministério da Saúde avançar na liberação da quarta dose (ou segunda dose de reforço) a novos grupos etários, percebe-se que a cobertura vacinal da terceira dose está em baixa.

A interpretação dos dados em relação à Covid-19 mostra que não há solução para essa crise sanitária sem a imunização. Proteger vidas significa comprometer-se com a saúde coletiva.

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