A primeira semana do ano começou preocupante com o avanço da gripe e da Covid-19. Em relação à variante ômicron, apesar da gravidade dos casos ser menor em comparação às primeiras ondas da pandemia da Covid-19, a rede pública de saúde tem sentido o efeito da alta demanda. Com a corrida aos postos, as secretarias municipais tiveram que voltar alguns passos e reativar unidades exclusivas de atendimento às síndromes respiratórias.

Na avaliação dos epidemiologistas, a vacinação é fator determinante para o fato de as consultas ambulatoriais não estarem evoluindo para internamentos em UTIs, pelo menos não em volume parecido com aquele registrado no segundo e terceiro trimestres de 2021, auge da pandemia da Covid-19.

Os dados deixam claro a importância do ciclo completo da vacinação contra a Covid-19. A grande procura pelas primeira e segunda doses não está se repetindo na mesma proporção com a dose de reforço, alertam as autoridades em saúde. A exemplo do imunizante contra a Influenza, a vacina contra a Covid-19 deve ser aplicada todos os anos.

Além da vacina, os cuidados de higiene e de distanciamento social também devem ser mantidos. Apesar de a vacina ser a proteção mais eficaz contra o vírus, vale lembrar que nenhum imunizante garante 100% de proteção. Portanto, a prevenção continua sendo a melhor maneira de redução das taxas de transmissão.

No campo, além das preocupações sanitárias, os produtores rurais têm sofrido com a falta de chuvas. É verdade que o ano começou com precipitações em algumas regiões do Estado, mas ainda insuficientes para melhorar o cenário. A Seab (Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento) já projeta perdas nas safras de soja, milho e feijão.

Até agora,o prejuízo nas três principais culturas é de R$ 24 bilhões, quantia definida como “uma perda muito grande, que fará muita falta” pelo secretário Norberto Ortigara. Para agilizar o socorro aos produtores, o Governo do Estado decretou situação de emergência hídrica.

Para quem esperava a resolução de todos os problemas com a simples virada do calendário, 2022 já dá mostras que será um ano desafiador e que exigirá um pouco mais da tão propalada resiliência do brasileiro.

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