O número de consumidores que não estão conseguindo pagar suas dívidas em dia caiu em Londrina. O resultado é baseado em dados do Serviço de Proteção ao Crédito da Associação Comercial e Industrial. A redução foi de 27% e ocorreu em novembro, na comparação com o mesmo mês de 2023.

Outra boa notícia é que a quantidade de consumidores que conseguiram negociar ou pagar as dívidas atrasadas, saindo da inadimplência, teve uma elevação de 1,3%, na comparação com novembro do ano passado.

Os dados do SPC/ACIL apresentam dois índices: o dos consumidores entrantes (incluídos na restrição ao crédito), que deixaram de pagar alguma conta em dia e tiveram o nome inserido no cadastro de inadimplentes; e os saintes, que estavam com o nome no cadastro de negativados, mas negociaram ou pagaram suas dívidas atrasadas e ‘limparam o nome’, recuperando o crédito.

“Com a manutenção de números positivos na quantidade de pessoas empregadas e a entrada do 13º salário, a expectativa é que esses números melhorem ainda mais para dezembro”, analisa o economista Marcos Rambalducci, consultor de economia da ACIL.

Em nível nacional, a inadimplência dos consumidores permaneceu elevada. Entre as famílias, 29,4% disseram que têm dívidas em atraso. O percentual é o maior desde outubro do ano passado. O total de consumidores que revelaram estar sem condições de quitar as dívidas subiu para 12,9%. Em outubro, era de 12,6% e, em novembro de 2023, de 12,5%.

Os dados nacionais são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) de novembro, elaborada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

As projeções da CNC apontam para a continuidade na evolução do endividamento em dezembro, em consequência das compras de Natal. No entanto, a inadimplência deve continuar estável, por causa do comportamento das famílias diante do cenário de juros altos. E essa é uma decisão importante. Presentear no Natal é um hábito do brasileiro, mas é preciso que as contas estejam na ponta do lápis para não se gastar mais do que cabe no orçamento. O momento de festa não pode transformar-se em um transtorno que comprometa a tranquilidade no ano seguinte.

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