O que o segundo Dia dos Pais em pandemia deve trazer de significado para o brasileiro? Certamente, com a crise sanitária mundial que matou só no Brasil quase 560 mil pessoas e registrou 20 milhões de casos, essas datas comemorativas passam a ser mais valorizadas pelas pessoas.

Imagem ilustrativa da imagem EDITORIAL - Que a urgência seja o amor entre pais e filhos

A fragilidade da vida humana ficou exposta de uma maneira tão evidente que muita gente que não se importava com o convívio em família ou não valorizava as amizades passou a ver de forma diferente os momentos de união. Dias das mães, dos pais, dos avós, do amigo têm um gosto diferente em 2021. Para alguns, a saudade dos entes queridos que morreram, para outros o alívio e a gratidão da cura e a oportunidade de estarem juntos, mesmo que de forma remota.

`Ter o meu conosco é um milagre´

Certamente, que neste 8 de agosto de 2021, Dia dos Pais, haverá mais encontros presenciais do que no ano passado, com pais e filhos já vacinados com as duas doses ou com a dose única do imunizante. Lembrando que as autoridades em saúde orientam ainda o uso das máscaras de proteção, álcool em gel e distanciamento.

Em um período tão difícil, como o imposto pela crise sanitária da Covid-19, o Dia dos Pais terá esses novos significados e quem sabe traga o reforço de valores tão essenciais, como respeito, carinho, solidariedade e amor.

Precisamos lembrar também das famílias que perderam suas referências mais importantes. Segundo um levantamento da revista científica inglesa The Lancet, até o dia 30 de abril de 2021, mais de um milhão de crianças e adolescentes no mundo ficaram órfãos de pai ou mãe ou de ambos por causa da pandemia. Quando são consideradas as perdas de tios e avós, o número sobe para 1,5 milhão de crianças.

No Brasil, segundo a Agência Brasil, são 113 mil menores de 18 anos nessa situação, sendo 87 mil o número de jovens que perderam o pai para a Covid-19. A empatia precisa ser o sentimento que vai marcar o segundo domingo de agosto de 2021.

É provável que a pandemia tenha mudado as urgências das famílias no mundo todo. Talvez os bens materiais não ocupem, para algumas pessoas, a posição que ocupavam antes no ranking de prioridades, dando lugar à "urgência" de passar mais tempo com a família e as pessoas que se gosta.

Que neste domingo, a principal urgência seja o desejo de estar junto e o amor entre pais e filhos.

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