Desde que a primeira dose da vacina contra a Covid-19 foi aplicada em Londrina, em 19 de janeiro, a pergunta que todos os munícipes maiores de 18 anos faziam é: quando chegará a minha vez?

"Vacina pouca, meu braço primeiro", diz o "ditado" que ficou famoso no país, refletindo a briga de setores profissionais pleiteando prioridade para receber o imunizante.

Mas o calendário obedeceu decisão política lógica, com o governo federal distribuindo para todos os Estados e, esses, repassando para os municípios, priorizando os profissionais de saúde, pois eles estão na linha de frente para salvar a vida das pessoas infectadas com o coronavírus.

Depois dos profissionais de saúde, o SUS (Sistema Único de Saúde) seguiu imunizando a população mais idosa, pessoas com comorbidades e, há alguns dias, partindo para os "cinquentões".

A vacinação avança enquanto junho está sendo um mês de altos índices da Covid-19 em Londrina, com recorde de mortes pela doença: no dia 14, o número de registro de mortes chegou a 19. O momento é tão preocupante que no último domingo (13), em sua live semanal, o prefeito Marcelo Belinati enfatizou que Londrina atravessava o pior momento da pandemia. Naquele domingo, o boletim da Secretaria Municipal de Saúde apontava 1.267 casos ativos na cidade, atingindo o maior número de pessoas contaminadas em um único dia.

Por conta disso, foi recebida com alívio por grande parcela da população a notícia de que o governo do Estado do Paraná apresentou o calendário de vacinação contra a Covid-19 para a população acima de 18 anos. Pelas previsões da Sesa (Secretaria de Estado da Saúde), 3.804.025 paranaenses deste grupo devem tomar pelo menos a primeira dose do imunizante até 30 de setembro.

É claro que a expectativa leva em consideração a manutenção do cronograma do governo federal de distribuição dos imunizantes. Ao todo, 8.736.014 paranaenses devem ser imunizados.

De acordo com a Sesa, o calendário foi definido a partir da média de envio de ao menos um lote de vacinas por semana ao Estado, por parte do Ministério da Saúde, além da oferta de mais um imunizante, com o envio da vacina da Janssen ao Paraná.

A erradicação da Covid-19 é um desejo comum em qualquer país do mundo e essa condição depende de acabar com o seu agente causador, no caso o Sars-CoV-2. Impedir que o novo coronavírus circule livremente é acabar com as chances dele sofrer mutações, como vem acontecendo nos países em que a contaminação fugiu do controle.

Assim, está muito claro que o Brasil só conseguirá superar de uma vez por todas a pandemia da Covid-19 com a vacinação em massa da população. Precisamos seguir vacinando.

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