Quando falamos em educação pública no Brasil, quase sempre vem à tona diferenças qualitativas entre as escolas municipais/estaduais e as instituições particulares de ensino. Assim, é importante quando mudamos essa discussão e, ao invés de falar em abismos entre a formação escolar em unidades privadas e públicas, podemos tratar de experiências de inovação muito positivas. Como duas boas experiências que estão sendo realizadas na Região Metropolitana de Londrina.

Na edição desta quinta-feira (25), a FOLHA traz uma iniciativa da secretaria de Educação do município de Ibiporã, que transformou o Complexo Educacional Municipal Professora Ivanildes Gonçalves, no jardim Santa Paula, em uma escola bilíngue. É a primeira escola pública do Paraná que presta esse importante serviço à comunidade.

A opção da prefeitura foi adotar a língua inglesa, que é a mais usada no mundo. Pelo menos 30% das aulas são ministradas em inglês: ciências, arte, educação física, matemática. Esse método conta com dois professores regentes: um de língua nativa e o outro de língua estrangeira inglesa. Participam desde as crianças do berçário e vai até o 1º ano do fundamental. O planejamento é para que o ensino se torne em duas línguas - português e inglês - também para as turmas de 2º, 3º, 4º e 5º ano do fundamental de maneira gradativa.

O material didático bilíngue foi produzido em parceria entre o município e a FAUEL (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade Estadual de Londrina). A entidade também foi responsável pela formação de 50 professores, ao longo de seis meses do ano passado, para que os educadores tivessem a proficiência necessária.

O outro bom exemplo vem de Londrina. Por meio de uma legislação aprovada pela Câmara dos Vereadores e que entrou em vigor neste ano, as escolas poderão incluir em sua grade os conceitos de empreendedorismo na rede municipal. A ideia é envolver os alunos em um ambiente favorável ao desenvolvimento de habilidades necessárias a um empreendedor, como educação financeira, livre iniciativa, sustentabilidade, ética e cooperação.

Na edição da FOLHA de terça-feira (24), o jornal mostrou iniciativas interessantes nessa relação empreendedorismo/educação, como as escolas que trabalharam essas competências na produção de sabão e no plantio, colheita e torra de café.

Se iniciativas como essas chegarem a outras cidades e escolas, daremos um salto em formação de lideranças e melhoria da qualidade de ensino que certamente provocarão mudanças importantes nos indicadores educacionais e sociais do Brasil.

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