O 1º de maio, Dia do Trabalho ou do Trabalhador, é uma data comemorada internacionalmente. Mas não deve ser apenas uma data a festejar, mas também para refletir.

Esse segundo 1º de maio sob a pandemia do coronavírus traz, infelizmente, um cenário triste e complexo. As medidas restritivas necessárias para o enfrentamento do Sars-Cov-2 tiveram como uma das consequências o aumento do desemprego a níveis altíssimos.

No trimestre encerrado em fevereiro, o desemprego atingiu o índice de 14,4%, segundo divulgou nesta sexta-feira (30), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado representa uma alta de 2,9%, cerca de 400 mil pessoas que ficaram desempregadas em comparação ao trimestre anterior (setembro, outubro e novembro).

Neste um ano de pandemia, o número de desempregados no Brasil aumentou 16,9%, com um acréscimo de 2,1 milhões de pessoas procurando trabalho.

A vacinação, que pode mudar esse cenário de isolamento social, como vem fazendo nos Estados Unidos, caminha ainda a passos lentos no Brasil, mas a esperança de que as coisas podem melhorar no segundo semestre é grande. É claro que algumas restrições vão continuar, pois o vírus desconhecido continuará preocupando até que a ciência o desvende e consiga saber como vencê-lo.

Mesmo quem continua empregado viu a pandemia promover uma mudança profunda no mercado de trabalho, a mais relevante, certamente, foi a aceleração do processo de transformação digital. O teletrabalho, o atendimento a clientes, as negociações e as reuniões online exigiram que os trabalhadores dominassem novas habilidades. O futuro do trabalho, tema que era muito debatido antes do novo coronavírus, a partir da Covid-19 virou uma interrogação presente.

Neste 1º de maio, mais do que falar do futuro do trabalho, a FOLHA quer exaltar a resiliência e a força dos trabalhadores brasileiros diante de um cenário tão adverso, especialmente os profissionais que estão na linha de enfrentamento à pandemia . São trabalhadores das áreas de saúde, segurança, imprensa, transporte, limpeza urbana, vigilância sanitária, educação e tantos outros que corajosamente colocam à frente da sua segurança pessoal o bem-estar e a saúde da coletividade.

A FOLHA deseja aos seus leitores um Dia do Trabalho de paz e que o tema "emprego" volte ao jornal com notícias positivas e felizes.