Um levantamento realizado pelo Sebrae com base nos números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério da Economia, demonstra a força dos pequenos negócios na retomada econômica do Brasil e na geração de renda. Segundo o estudo, para cada vaga de trabalho gerada por uma empresa de médio e grande porte no Brasil, as micro e pequenas empresas geram mais de três vagas.

Imagem ilustrativa da imagem EDITORIAL - Pequenas empresas geraram mais empregos no Brasil
| Foto: iStock

Entre janeiro e outubro de 2021, quase 73% dos postos de trabalho formais criados no país vieram dos pequenos negócios. No período, foram abertas, em todo o território nacional, 2,6 milhões de vagas de emprego, sendo 1,9 milhão nas micro e pequenas empresas, uma média de 190 mil novos postos a cada mês. Entre as médias e grandes, foram 590,7 mil contratações nos dez meses do ano, o que corresponde à média mensal de 59 mil vagas.

“No mês de outubro, o acumulado de vagas criadas pelas micro e pequenas empresas cresceu de cerca de 1,8 milhão para 1,9 milhão, enquanto nas médias e grandes, o incremento foi de apenas três mil vagas em dez meses, passando de 587,7 mil para 590,7 mil”, destacou o presidente do Sebrae, Carlos Melles.

Pelo recorte do mês de outubro, o índice de geração de vagas nos pequenos negócios sobe para 79,7%. Dos 201,7 mil novos postos gerados naquele mês, 253 mil vagas foram abertas pelas micro e pequenas empresas.

Essa tendência se confirma também no Paraná, onde o percentual é ainda maior. Dos 15.747 postos de trabalho formais criados no Estado, em outubro, 87% foram gerados pelas micro e pequenas empresas, o que corresponde a 13.706 vagas.

O segmento de serviços lidera as contratações, com 5.647 vagas. Logo em seguida, vem o comércio, com 4.499 novos postos de trabalho, seguido da indústria e transformação, com 3.031, e construção, com 636.

Hoje, só em Londrina, há em torno de 40 mil MEIs em atividade. Nesse universo, comércio e serviços se sobressaem nas contratações.

É preciso destacar que a pandemia do coronavírus fez crescer o empreendedorismo por necessidade, motivado pelo aumento do desemprego e pela dificuldade de conseguir uma recolocação no mercado de trabalho.

Com a retomada da Economia, o consultor do Sebrae Paraná Sergio Ozorio lembrou que as pequenas empresas têm as suas necessidades e precisam contratar, sendo que às vezes, com uma única contratação que é feita, elas dobram o faturamento.

A reportagem ouviu o empresário Arley Dib Casagrande Abussafi, gestor de uma construtora em Londrina que começou 2021 com oito funcionários e chega em dezembro com 20 colaboradores.

Um exemplo de que para ele a pandemia dá sinais de arrefecimento e as perspectivas de mercado para 2022 são animadoras são os investimentos crescentes em infraestrutura feitos na cidade e no Estado. Isso dá ao gestor a certeza também de que contratará mais funcionários. Que 2022 venha com mais exemplos como esse, de retomada do emprego e de empresas que voltam a experimentar o crescimento econômico e o sucesso.

Obrigado por ler a FOLHA!