EDITORIAL - Paraná livre de aftosa sem vacinação. O que esperar do reconhecimento?
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sexta-feira, 28 de maio de 2021
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Depois de décadas de trabalho, o Paraná foi reconhecido nesta quinta-feira (27), pela OIE (Organização Mundial de Saúde Animal), como área livre da febre aftosa sem vacinação. A homologação do Paraná veio junto com o reconhecimento de outros cinco estados em uma cerimônia on-line realizada em Paris, país sede da instituição.
Representantes de entidades e pecuaristas consideram que a chancela abrirá caminhos para novos negócios da carne brasileira no mercado internacional, consolidando a pecuária e a suinocultura paranaenses em mercados exigentes, que ainda não consomem carnes de países que realizam a vacinação contra a doença. Entre esses países estão Japão, Coreia do Sul e México.
O governador Ratinho Junior lembrou que os rebanhos do Estado já não são mais vacinados e há anos o vírus não circula mais por aqui.
Fundada em 1924 e formada por 152 países, a OIE é a principal autoridade internacional em saúde animal. Além de realizar o registro e a distribuição de informações, ela é responsável pela padronização de métodos diagnósticos e o desenvolvimento de guias para o comércio entre os países-membros baseados em pesquisas científicas sobre doenças.
Além do Paraná, passaram a contar com o reconhecimento Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso. Até agora, apenas Santa Catarina, que deixou de vacinar os rebanhos contra a doença em 2000, já contava com o reconhecimento da OIE. A partir de agora, o Brasil passa a ter 20,7% do rebanho bovino e 47,2% do suíno não vacinados em áreas livres da doença.
A condição de livre de aftosa sem vacinação torna o Paraná capaz de dizer para os mercados externos que o estado tem um sistema sanitário eficiente, pois para alcançar esse patamar, o estado precisou se adequar a protocolos e exigências muito rígidas.
Que essa nova condição tenha impacto positivo na abertura de novos mercados e aumente os negócios em todo o setor, atraindo mais investimentos e gerando empregos.
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