Pela terceira vez em sua história, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) elegeu a educação como tema da Campanha da Fraternidade. Em 2022, “Fraternidade e Educação” vai reger os debates da comunidade católica, que também encampa e lema bíblico “Fala com sabedoria, ensina com amor”.

A abertura oficial ocorreu nesta Quarta-feira de Cinzas com a divulgação de um vídeo e pronunciamentos dos membros da presidência da CNBB e autoridades.

Em Londrina, a campanha foi lançada durante missa na Catedral Metropolitana. Ela é realizada sempre na Quaresma, tempo de preparação para a Páscoa que vai da quarta-feira de Cinzas até a Quinta-feira Santa. “É o tempo em que nos solidarizamos na fé, mas também na prática com todas as realidades em que há necessidade de conversão, seja pela oração que nos aponta para o nosso contato com Deus, pela penitência e pelo jejum, que nos leva a uma compreensão mais profunda da realidade humana, como também pela esmola, que nos coloca em contato com as pessoas diretamente necessitadas. São práticas que nunca vão deixar de existir enquanto procurarmos uma vida cristã mais autêntica”, explicou o arcebispo de Londrina, Dom Geremias Steinmetz.

Desde 1964, a Campanha da Fraternidade levanta questões importantes para a sociedade brasileira. Dom Geremias citou a importância do diálogo para o conhecimento da realidade e dos problemas do mundo, assim como um caminho para a luz da fé cristã.

Imagem ilustrativa da imagem EDITORIAL - Pandemia, educação e fraternidade
| Foto: Micaela Orikasa - Grupo Folha

A educação já foi tema da Campanha da Fraternidade em 1982 e 1998 e o momento atual é muito propício porque a pandemia do coronavírus acentuou os déficits educacionais e as desigualdades.

A Campanha da Fraternidade 2022 é impulsionada pelo Pacto Educativo Global, convocado pelo Papa Francisco e que foi apresentado como uma prática importante para colocar na pauta da educação, questões como solidariedade e ecologia.

O impacto desses dois anos de pandemia na educação é bastante conhecido e aparece na saúde mental de crianças e jovens, na perda de aprendizado e até em questões como prejuízo nutricionais e aumento de casos de violência doméstica.

O tema da campanha é totalmente pertinente e o Brasil precisa, o quanto antes, firmar um pacto pela educação, como fizeram décadas atrás países asiáticos, como a Coreia do Sul, que hoje colhem o fruto desse investimento no sistema educacional.

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