Com a ajuda do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, a cidade de Londrina dá um passo importante visando a formação dos profissionais do futuro. O município foi escolhido pelo governo federal para ser a primeira localidade brasileira a receber o projeto-piloto Letramento Digital.

O programa é vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e vai focar na capacitação de estudantes, professores e profissionais em habilidades demandadas pela Indústria 4.0, ou seja, na utilização da tecnologia e já pensando no trabalho do futuro.

O evento de lançamento aconteceu na escola municipal Maestro Roberto Pereira Panico, na zona leste, e contou com a presença do ministro Paulo Alvim, que destacou o fato de Londrina ser um polo de inovação. "Nada melhor que iniciar o projeto onde tem chances de dar certo. Precisamos incorporar essas práticas no ambiente da educação", destacou o titular da pasta.

Inicialmente, 120 pessoas - entre estudantes do ensino médio, técnico e superior, além professores e profissionais em geral - serão selecionadas para receber uma capacitação de 190 horas. Na sequência, esse grupo de agentes multiplicadores vai levar os ensinamentos para até dois mil alunos da rede municipal, com auxílio de uma instituição de ciência e tecnologia privada.

Serão contemplados nesta segunda etapa estudantes do 4º e 5º ano do ensino fundamental com uma formação de 90 horas. Ao todo, a rede tem aproximadamente dez mil crianças matriculadas nessas turmas. O curso e os materiais não terão custos para os participantes. Somente em Londrina o investimento federal é de R$ 6 milhões.

Essa parceria busca fortalecer a identificação e percepção dos estudantes sobre a importância da tecnologia da informação e comunicação.

Muitos leitores podem estar se perguntando o que é "letramento digital", pois não é um termo muito usado fora do universo pedagógico. Letramento é mais do que alfabetização, é a habilidade de utilizar a escrita e a leitura para interpretar os mais variados contextos. É como uma forma de ler o mundo.

Acrescentando a palavra "digital", o conceito segue para o entendimento da tecnologia e o seu uso aplicado no dia a dia. Estamos falando de uma maneira diferente que essa nova geração de jovens tem para produzir textos, combinações de linguagens, de interagir e se relacionar.

Importante é que projetos como o lançado nesta quinta-feira em Londrina podem ajudar na inclusão digital e fazer com que os avanços tecnológicos cheguem de fato à população que hoje está alheia a serviços como compras e pagamentos via internet, uso de cartão bancário e acompanhamento de aulas remotas.

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