O problema da superpopulação de pombos no Bosque Municipal Marechal Cândido Rondon, no centro de Londrina, tem décadas e nesse tempo muitas tentativas de solucionar o problema foram, em vão, realizadas. As aves podem até buscar abrigo em outros pontos da cidade, mas não demora para que o Bosque - e as pessoas que vivem e trabalham no entorno dele - volte a sofrer com as consequências dessa vizinhança indesejada: sujeira e mau cheiro.

No último domingo, o padre José Rafael Solano Durán, Cura da Catedral Metropolitana de Londrina, reuniu-se com um grupo de católicos no Bosque para uma limpeza simbólica e um momento de reflexão sobre a situação daquele espaço, considerado um dos mais belos cartões-postais da cidade. Para muitos, uma situação insustentável.

O Bosque Central é vizinho da Catedral e o padre Solano lembrou que o entorno da Catedral da Sé, em São Paulo, sofria com o mesmo problema e, depois de uma mudança na iluminação, "as aves praticamente sumiram dali”.

Nesta semana, a Secretaria Municipal do Ambiente decidiu também buscar uma solução por meio da iluminação. Em 2014, a prefeitura já havia instalado holofotes para afugentar pombos. Houve uma diminuição inicial, mas logo as aves retornaram. Também foram tentadas alternativas como a utilização de gel repelente e de emissão de sons ou por controle utilizando pulsos magnéticos. Nenhuma das técnicas teve eficácia permanente.

O Bosque Central passou por um grande processo de revitalização justamente com o objetivo de torná-lo mais bonito, seguro e agradável à população.

Esse espaço completa um conjunto histórico importante do centro de Londrina, junto à Catedral, à Biblioteca Pública, à Secretaria Municipal de Cultura e à Concha Acústica.

As obras entregues em janeiro de 2022 contam com novos trajetos de passeio e caminhada, palcos para apresentações, pois foram abertos diversos corredores internos; colocação de academia ao ar livre, parquinho infantil, quadra esportiva, circuito pet e arquibancada.

Também foram inseridos mobiliários, como mesas, cadeiras, bancos e lixeiras, e o local também recebeu nova pintura, tornando-o mais colorido e alegre.

O belo espaço agradou a comunidade que voltou a utilizar o Bosque. Mas é preciso encontrar uma solução para a superpopulação de pombos, que deve ser entendida como um problema de saúde pública. Embora possam parecer aves inofensivas, elas são transmissoras de doença, como o fungo causador da criptococose.

É dever do poder público buscar soluções para afugentar as aves. Mas a população precisa fazer a parte dela, não alimentando os pombos. Dessa maneira, eles vão buscar comida em outros locais, como em matas afastadas das áreas urbanas.

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