No início do ano, passadas as festas, sobram preocupações para as famílias. Além do pagamento dos impostos de praxe, os pais que têm filhos em idade escolar se preocupam com mais despesas e o aumento dos preços também chega aos lápis, canetas e cadernos, entre outros itens.

Segundo os economistas, o material escolar ficou, em média, 8,5 % mais caro este ano em relação a 2023. Não é pouca coisa, sobretudo para quem tem mais de um filho na escola.

O índice nacional de inflação será divulgado nesta quinta-feira (11). Mas a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), no acumulado de 12 meses até novembro de 2023, fechou em 4,68%, o que significa que , em média, todos os produtos e serviços tiveram este aumento. No entanto, os índices que subiram mais são aqueles relativos a materiais importados. Nesta categoria entra o material escolar e entre os itens que tiveram mais aumento estão cadernos (15%), lápis de cor (12%) e borrachas (10%).

Em Londrina, a prefeitura divulgou a distribuição de kits básicos para os alunos das rede pública, um benefício e tanto para as famílias que têm filhos estudando.

Nas lojas, como mostra matéria da FOLHA na edição desta quinta-feira (11), o movimento para compra dos materiais escolares ainda não é muito grande, mas a título de comparação, destaca-se o alto custo do material para quem tem filhos em escolas particulares.

Numa loja do Calçadão, uma mãe que preferiu não se identificar, gastou R$ 650,00 numa compra para suprir as necessidades de dois filhos, de 7 e 12 anos, na escola. Isso significa quase a metade do novo salário mínimo que passou a R$1.412, 00 este ano. O valor gasto por essa mãe seria, portanto, impraticável para famílias de poucos recursos. Daí a importância de iniciativas como a da Prefeitura de Londrina e de outras cidades da região, como Cambé, ao oferecerem os kits com o material básico.

Toda economia é bem-vinda no início do ano, se os cidadãos já têm que arcar com aumentos, como o do IPTU, importante ter alguma compensação para que possam ter qualidade de vida sem custos que extrapolam o orçamento.

Também não custa lembrar que há normas para os pedidos de materiais pelas escolas. Na verdade, as escolas podem ou não fazer estes pedidos, mas segundo Thiago Mota Romero, diretor-executivo do Procon-LD (Núcleo de Proteção e Defesa do Consumidor em Londrina), elas só podem solicitar materiais de uso individual dos alunos, como cadernos, lápis e canetas.

Já materiais de uso coletivo ou de higiene, como balões, copos, talheres, grampeadores, giz, material de limpeza ou fita dupla face, não podem aparecer nas listas. Também não é permitido aos colégios estabelecerem marcas ou locais de compra do material escolar, isso também serve para preservar a escolha das famílias dentro de seus orçamentos.

Resta desejar, desde já, uma boa volta às aulas.

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