Mulher, 44 anos, ensino médio completo. Esse é o perfil do eleitor paranaense a partir da atualização dos dados do TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral) do Paraná.

O número de eleitores no Paraná cresceu 6% nos últimos quatro anos, saltando para 8.475.626 pessoas aptas a votar nas eleições gerais de outubro, ante aos 7.971.083 eleitoras e eleitores habilitados em 2018.

O anúncio com o perfil consolidado do eleitorado foi feito em coletiva de imprensa pelo presidente do TRE, o desembargador Wellington Emanuel Coimbra de Moura, nesta quarta-feira (13) em Curitiba.

As mulheres formam maioria do total do eleitorado paranaense, com 52,59%, contra 47,41% de homens. Os eleitores paranaenses têm, em sua maioria, entre 45 e 59 anos, com 2.186.246 pessoas nessa faixa etária.

Outro destaque é a participação dos jovens no processo eleitoral. São mais de 118 mil jovens menores de 18 anos, que não são obrigados a votar, mas que tiraram o título para poder comparecer às urnas em outubro. Segundo projeção do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), existem cerca de 310 mil jovens entre 16 e 17 anos no Paraná, ou seja, cerca de 36,41% das pessoas com essa idade tiraram o primeiro título no estado.

O TRE do Paraná não vai medir esforços para incluir pessoas que poderiam estar excluídas do processo eleitoral, mas que desejam votar. Tanto que o tribunal vai realizar eleições em hospitais e instituições de longa permanência para garantir a participação de idosos e pessoas hospitalizadas.

Curitiba é a cidade com maior eleitorado, com 1.413.413 pessoas, seguida por Londrina - que é o segundo maior colégio eleitoral do Paraná - com 393.687 eleitores habilitados. Maringá aparece em terceiro, com 294.583 eleitores, e na sequência vêm Ponta Grossa (251.970) e Cascavel (233.753). Já o Colégio Anglo Americano, em Foz do Iguaçu (Oeste), é o local de votação com o maior número de eleitoras e eleitores do estado, com 13.889 pessoas cadastradas.

A pesquisa do TRE-PR traz informações que partem de dados objetivos, baseados em informações como idade e escolaridade. Mas e se pudéssemos fazer uma pesquisa usando critérios de participação e interesse, como seria o perfil do eleitor brasileiro?

Há décadas ele vem sendo desenhado como alienado e pouco participativo nas decisões coletivas. Será que isso ainda procede?

Há um trabalho gigantesco de instituições públicas e privadas, além de ONGs, escolas, universidades, do próprio TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e de veículos de imprensa em ajudar na mudança desse perfil. Não gostar de determinados políticos não significa deixar a política de lado.

É só com informação e reflexão que conseguiremos realmente consolidar o voto consciente, esse termo tão falado em períodos eleitorais, mas tão menosprezado por pessoas que sequer sabem quais são os compromissos dos seus candidatos e desconhecem a história de vida e o currículo de quem receberá o seu voto.

Obrigado por acompanhar a FOLHA!