O ano de 2021 está chegando ao final e as últimas projeções já deram conta que a inflação não dará trégua e que o brasileiro terá que usar muita criatividade e habilidade financeira para organizar as tradicionais festas de fim de ano.

Imagem ilustrativa da imagem EDITORIAL - O impacto da inflação na ceia natalina
| Foto: Gustavo Carneiro

E neste ano, o Natal e o Ano Novo merecem uma comemoração especial, já que o avanço da vacinação contra a Covid-19 em 2021 permitiu a volta dos abraços e as reuniões familiares que em 2020 estavam praticamente proibidos.

Voltando à economia, alguns dos itens mais populares das ceias de Natal e Réveillon são justamente aqueles que estão puxando a inflação para cima, como as carnes.

Uma prévia do levantamento realizado pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) apontou alta de quase 6% no preço da cesta natalina na comparação com o ano anterior, mas alguns produtos registraram aumento bem maior, chegando a 26%.

O estudo da Fipe computou alta de 5,91% no preço final da cesta de Natal entre 2020 e 2021, saltando de R$ 309,86 para R$ 328,17. O cálculo considera a variação do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) dos produtos avaliados numa comparação entre a segunda quadrissemana de dezembro de 2020 com os valores fechados em outubro deste ano. Segundo a pesquisa, alguns produtos sazonais, como peru e chester, costumam ter oscilações fortes em novembro e dezembro.

O maior aumento observado foi no preço do panetone tradicional, de frutas cristalizadas, com 500 gramas. De um ano para outro, o produto sofreu uma variação de 25,96%. Nesta segunda-feira (13), a FOLHA percorreu três lojas de três redes diferentes de supermercados e o item variava de R$ 7,99 a R$ 19,99, dependendo da marca. A reportagem você pode ver na edição desta terça-feira (14).

As carnes também tiveram um reajuste considerável neste ano. O peru, um dos produtos mais consumidos nas ceias, sofreu variação de 7,27%, segundo a Fipe, mas a reportagem constatou uma alta ainda maior. No ano passado, o preço do quilo da ave podia ser encontrado por cerca de R$ 18. Neste ano, não sai por menos de R$ 24, aumento de 33%. Um peru de quase cinco quilos pronto para ir ao forno não sai por menos de R$ 98 e pode chegar a R$ 119. O lombo suíno temperado custa em torno de R$ 60 o quilo e o tender varia de R$ 49 a R$ 59.

Apesar do preço nas alturas, é possível driblar algumas armadilhas usando de habilidade financeira e muita pesquisa. Uma dica é justamente fazer o brinde com bebidas nacionais e abrindo mão das importadas. A alta do dólar tornou esses produtos ainda muito mais caros. Sem esquecer também de usar uma instituição brasileira que costuma ter muita eficácia nesses tempos difíceis: a arte da pechincha.

Mas não importa como sua família vai brindar o nascimento de Jesus e a chegada do novo ano. Um sentimento não pode faltar: a solidariedade com os mais pobres. Em um país com mais de 14 milhões de pessoas desempregadas, a empatia e a caridade são itens de primeira necessidade e devem ser usadas sem moderação.

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