Os mais velhos lembrarão dela como um local de chegadas e partidas, alegrias e saudades. Os mais novos a conhecem como um museu de arte. Independentemente da idade do cidadão, o importante são as lembranças que os londrinenses guardam na memória desse espaço, a antiga Rodoviária da cidade, transformada nesta quarta-feira (19) em Patrimônio Cultural do Brasil.

O tombamento foi aprovado em votação unânime em reunião virtual do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), constituído por 22 representantes de instituições públicas, privadas e da sociedade civil, e delibera a respeito dos registros e tombamentos do Patrimônio Cultural.

Agora, o atual prédio do Museu de Arte da cidade será inscrito no Livro do Tombo das Belas Artes, uma grande honra para o município.

A antiga Rodoviária de Londrina é o primeiro bem reconhecido como Patrimônio Cultural em nível nacional na chamada região de Norte Novo. O Paraná possui 20 bens tombados pelo Iphan, incluindo conjuntos arquitetônicos.

É a primeira obra do arquiteto João Batista Vilanova Artigas tombada pelo Iphan. Ela foi inaugurada em 1952, momento áureo da cafeicultura londrinense. Os traços da arquitetura moderna marcam a ocupação do Estado a partir da cultura do café e encanta a todos que passam pela rua Sergipe, no coração da cidade.

O processo de tombamento inclui um conjunto de ações realizadas pelo poder público com o objetivo de preservar, por meio da aplicação de legislação específica, bens de valor histórico, cultural, arquitetônico, ambiental e também de valor afetivo para a população, evitando que venham a ser destruídos ou descaracterizados. E, claro, coloca Londrina em evidência nacional.

Agora, a antiga Rodoviária tem a proteção nacional e eventuais intervenções devem ser previamente autorizadas pelo Iphan, contribuindo para conservação da memória e da história da cidade para as futuras gerações.

O tombamento do prédio histórico é a garantia de que a herança cultural de uma época importante do crescimento de Londrina seja preservada, ajudando na formação da nossa identidade cultural.

Mas é claro que o tombamento pelo Iphan é só uma parte da preservação. A conservação do prédio projetado por Artigas e de outros espaços reconhecidos como patrimônio passa pela compreensão das autoridades e da população sobre a relevância da cultura para a educação, a história e o desenvolvimento do país.

Prédios, livros, tradições, documentos, fotos e outros bens não podem ser considerados simplesmente espaços velhos e objetos empoeirados. Não avançaremos em direção ao futuro se não preservarmos nossa história e cultura.

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