Conhecer a dengue e as maneiras como evitar o contágio são fundamentais para a prevenção. Mas, só a informação não basta se as pessoas não estiverem dispostas a abandonar o comportamento de risco. O vírus da dengue é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, que deposita os seus ovos em locais que tenham água parada. Assim, a principal recomendação das autoridades sanitárias é acabar com toda água acumulada que possa virar um criadouro do mosquito.

Imagem ilustrativa da imagem EDITORIAL - O combate à dengue deve ser permanente
| Foto: Cadu Rolim/Fotoarena/Folhapress

Em Londrina, a situação de infestação do Aedes aegypti preocupa a secretaria municipal de Saúde, que divulgou na sexta-feira (29) o resultado do segundo LIRAa (Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti) de 2022. O município está com índice de infestação vetorial predial de 7,8%, percentual considerado de risco. O satisfatório é abaixo de 1 e o de alerta entre 1 e 3,9.

O levantamento foi realizado no período de 4 a 8 de abril, em 9.924 imóveis de Londrina. A região em que os agentes encontraram mais focos do mosquito Aedes aegypti foi a norte (10,24%), seguida da zona sul (7,92%), oeste e centro (6,86%) e leste (4,80%).

No primeiro LIRAa, realizado entre os dias 10 e 24 de janeiro, o índice já estava alto, com 5,5%. Neste ano, a cidade já registrou 334 confirmações da doença, entre 1 de janeiro e 27 de abril. São 4.260 casos notificados e outros 1.422 aguardam resultados de exames.

O Aedes aegypti não escolhe região ou classe social. Em Londrina, entre os bairros com maior incidência de infestação estão o Acácia Imperial (35,71%), Royal Tennis (33,33%) e o Luiz de Sá (30,49%). Em toda a cidade, 97% dos criadouros encontrados estavam nos quintais das residências ou mesmo dentro das casas, em objetos em desuso, ralos e vasos de plantas.

Esse cenário já está impactando o serviço público de saúde e, em Londrina, a prefeitura lembra que as unidades têm percebido um aumento da procura de pacientes apresentando sintomas de dengue.

O apelo é para que sociedade compreenda a gravidade desse momento e redobre os cuidados em suas casas e apartamentos, evitando os criadouros das larvas do Aedes aegypti. A prevenção envolve uma estratégia simples e deve ser permanente por parte da população e dos órgãos públicos.

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