A construção civil é, historicamente, um dos principais setores econômicos do Brasil. No início da pandemia do coronavírus, em 2020, o ramo também foi afetado pelas medidas de restrição, com empresas paralisando as atividades e enfrentando a falta de matéria-prima. Porém, os números de duas pesquisas realizadas pela Brain Inteligência Estratégica a pedido do Sinduscon e Sebrae mostram que, apesar de tantas dificuldades dos últimos dois anos, o segmento se mostrou parte de um ecossistema sadio e força motriz da retomada do crescimento pós-pandemia.

Responsável por cerca 15% do PIB do município de Londrina, a construção civil hoje comemora os resultados das duas pesquisas. Entre os números, destaque para os valores recordes para o VGV (Valor Geral de Vendas) no ano passado, que chega a quase R$ 2 bilhões e indicativos de um 2022 muito positivo.

Para os coordenadores da pesquisa, o que mais chamou a atenção na análise dos dados de Londrina, principalmente no ano de 2021, foi o desempenho muito forte e positivo dos lançamentos e vendas de apartamentos, um volume recorde de 3,9 mil novas unidades.

Marcos Kahtalian, sócio fundador da empresa responsável pela pesquisa afirmou em entrevista à FOLHA que o primeiro trimestre de 2022 já aponta para um arranque nas vendas, com 1.143 unidades. "Esse é o melhor trimestre dos últimos cinco anos e demonstra um crescimento e o aumento da demanda nos dois padrões principais de construção, aquele econômico e médio-alto”, afirmou.

Na pesquisa sobre intenção de compra, os especialistas também perceberam uma média mais alta do que em outras cidades brasileiras. “Até o momento, Londrina tem se comportado muito bem”, comentou Kahtalian.

Para o pesquisador, os números também demostram um mercado ativo, com desempenho consistente em vendas, em um ritmo que supera até os dos lançamentos. “Na pesquisa de intenção de compra, também percebemos uma média mais alta do que em outras cidades brasileiras", comentou.

O vultoso valor geral de vendas em 2021, o VGV, apontado pela pesquisa "Estudo do Mercado Imobiliário" e que diz respeito ao número de empreendimentos lançados por ano e unidades vendidas, bateu a marca dos R$ 1.856,9 bilhão, soma já superior ao resultado alcançado em 2020 que foi de R$ 1.242,5 bilhão. Só nos primeiros três meses de 2022, a cifra chega a R$ 243,9 milhões.

Para o presidente do Sinduscon, Sandro Nóbrega, os valores indicam que os empresários apostaram na demanda da cidade e do outro lado, os consumidores responderam à oferta. Estudos do setor apontam uma exigência de cerca 5,5 mil novas unidades habitacionais em Londrina a cada ano e é importante que o segmento seja capaz de atender a essa necessidade, evitando o déficit habitacional.

O horizonte se aponta em 2022 ainda com muitas incertezas. Por isso, é animador observar um crescimento importante na construção civil, área que emprega e mantém viva uma grande cadeia de serviços e de fornecimento de insumos. Se o setor vai bem, Londrina tem a comemorar.

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