O decreto divulgado na noite de quarta-feira (25), pelo prefeito Marcelo Belinati e o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, recomendando a volta do uso de máscaras em ambientes fechados devido ao aumento do número de casos de Covid-19 acende um novo alerta entre a população. A situação da transmissão do novo coronavírus em Londrina não está controlada e a população não deve se descuidar.

Os números divulgados pela prefeitura são bastante preocupantes. Entre os dias 25 de abril a 25 de maio, houve um aumento de 370% de casos ativos da doença em Londrina, passando de 208 para 979 confirmações. Somente nesta terça-feira (25), 424 casos foram confirmados e há um mês as confirmações diárias estavam em 90 registros. Os números de internações cresceram 175% , passando de 12 para 33 casos em 30 dias.

No dia 28 de abril de 2020, o uso de máscara em ambientes coletivos em todo o Paraná se tornou obrigatória com a lei 20.189/20. Quase dois anos depois, em 29 de março de 2022, com base no decreto estadual 10.596/2022, a Prefeitura de Londrina anunciava a desobrigação do uso de máscaras de proteção em ambientes externos e internos.

O decreto municipal 323/2022, que trata da liberação, ainda manteve a obrigação do uso do acessório em locais que prestam serviços de saúde, assim como para pessoas que apresentam síndromes gripais e sintomas respiratórios, em qualquer ambiente. Belinati avisou que essas medidas de flexibilização podem ser revista nos próximos dias, caso os números da pandemia não parem de subir na cidade.

A reportagem da Folha de Londrina foi às ruas na manhã de quinta-feira (26) e encontrou tanto pessoas com máscaras quanto homens e mulheres sem o acessório. A recomendação de voltar a usar a proteção encontrou apoio em vários cidadãos ouvidos pela equipe de jornalismo. "Não era nem para ter parado de usar máscara", "quem não gosta de usar, vai ter que se acostumar de novo”, "deveria ser uma obrigação até, pelo menos, o fim do inverno", são algumas das frases ouvidas pela repórter.

A decisão sobre o fim das medidas protetivas contra o coronavírus são adotadas conforme a realidade de cada município e estado. Temos visto uma nova onda na China e lá as restrições para conter o avanço do contágio são dramáticas. Por aqui, é preciso avaliar com cuidado, acompanhar os índices e evitar a todo o custo que uma nova onda aconteça.

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