Da corrida pela vacina contra a Covid-19, as notícias são promissoras. Laboratórios e países que pesquisam um imunizante vêm divulgando resultados de eficácia bastante positivos. Mas nada disso é razão para que a população “baixe a guarda” e diminua os cuidados preventivos para evitar a doença que já matou cerca de 170 mil pessoas no Brasil.

“Não baixar a guarda” é justamente a lição que os países europeus que passam agora pela chamada “segunda onda” do coronavírus têm para ensinar às nações que ainda não saíram da primeira onda, como afirmaram especialistas da Opas (Organização Pan-americana de Saúde). O Brasil é um deles.

À BBC espanhola, o diretor do departamento de doenças transmissíveis da Opas, Marcos Espinal, explicou que os países sul-americanos ainda não superaram a primeira onda da pandemia. Como onda, entende-se a curva epidêmica da doença.

Se a eficácia das vacinas que estão na fase três de produção foram comprovadas, o mundo está próximo de dar um grande passo para vencer a Covid-19. Mas a sociedade precisa continuar fazendo a parte dela.

O Brasil passou por um período de enfraquecimento da pandemia, com diminuição do número de casos e mortes. Agora, a situação voltou a ficar preocupante.

Estamos em uma situação delicada. Ninguém quer mais medidas restritivas rígidas e nem passar novamente por um abre e fecha de comércio, serviços e indústria, pois muitos nem podem deixar de trabalhar com risco de não ter como sustentar a família.

Mas um novo lockdown só será evitado se o cidadão se vestir de responsabilidade e abraçar realmente o desafio de "achatar” a curva de contágio. Não chegou a hora de quebrar o distanciamento social e nem de promover aglomerações. Máscaras e álcool em gel ainda serão nossos companheiros por muito tempo, até que tudo isso passe.

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